Uma exposição de arte mesmo no centro de Lisboa. Já tinha pensado nessa possibilidade? A Associação Portuguesa dos Antiquários (APA) pensou, e aquilo que começou por ser uma simples ideia tornou-se, agora, realidade. Fruto do esforço e dedicação da APA, está de pé a 1.ª edição da Feira da APA – Arte e Antiguidades, agendada entre 14 e 18 de novembro para a Sociedade Nacional de Belas Artes, no coração da capital portuguesa.

Antiquários presentes

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> Galeria São Mamede
> Ilídio Cruz
> Ricardo Hogan Antiguidades
> J. Baptista
> João Ramada Antiguidades
> D`Orey Azulejos e Antiguidades
> Isabel Lopes da Silva
> Coisas de Família
> Manuel Castilho
> Galeria Bessa Pereira
> Objectismo
> Porcelana da China
> Luís Alegria
> Casa d`Arte
> Manuela Verde Lírio

A mostra surge com um intuito muito próprio, conforme refere a direção da APA: “Pretendia-se criar um evento mais central que aproximasse o público português da arte, porque a Feira da Cordoaria Nacional fica mais longe [zona de Belém, em Lisboa]”.

Por outro lado, esta nova localização permite ainda uma maior acessibilidade “a um outro tipo de público, internacional, que possa estar de passagem por Lisboa e se sinta atraído para entrar e conhecer a Feira”. Uma das maiores dificuldades na escolha do espaço residiu no facto de os “edifícios que existem no centro apresentarem dimensões relativamente reduzidas”, esclarece a Associação, que adianta que, além disso, também procuravam “um local ligado às artes”. A escolha pela Sociedade Nacional de Belas Artes “acabou por ser natural”, sendo esta uma feira “mais pequena, mais intimista, mas muito mais central”.

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Da arte antiga à moderna

A 1.ª Feira da APA – Artes e Antiguidades pretende ser uma mostra dedicada à arte antiga, contemporânea e também moderna, com um conjunto de peças que vão da ourivesaria ao mobiliário, passando pela azulejaria, prataria, escultura, arte sacra ou outras de antiquariato puro. A lista de antiquários presentes revela bem a curadoria cuidada feita para a feira, sendo todos eles membros da APA: “O espaço é mais pequeno, mas os expositores presentes representam muito bem a associação e o nosso trabalho.

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Infelizmente tivemos que restringir as participações a quem primeiro se inscrevesse”, refere a direção, acrescentando ainda que “os expositores tiveram completa liberdade para apresentar as peças que pretendiam, ou seja, a escolha do acervo foi individual, existindo depois uma peritagem das peças de cada expositor. E se houver alguma que a Comissão de Peritagem ache que não se enquadra na qualidade que a feira possui, então é retirada”.

Educar a partir da arte

A preocupação face à qualidade das peças é um dos pontos fortes da 1.ª Feira da APA – Artes e Antiguidades, que pretende, ao mesmo tempo, ter um lado mais educativo. “A possibilidade do contacto do público com as peças é determinante”, indica a APA, revelando ainda que, na Feira, existem obras “que têm qualidade para estar em qualquer museu nacional ou até internacional”, o que dá aos visitantes a “hipótese de as manusear, tocar, de falar com quem está no mercado e de saber tudo sobre as suas características. No fundo, de conhecer, efetivamente, a peça. E esta possibilidade é bastante importante e educativa”.

Parceria em prol do património

Ao longo da sua história, o antiquariato tem vindo a ter um importante papel na preservação do património histórico português. A APA refere, por exemplo, no trabalho feito em prol da alteração da legislação nesta área, um dos focos do trabalho da associação.

Informações úteis sobre a Feira

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1.ª Edição da Feira da Associação Portuguesa dos Antiquários
Local:
Sociedade Nacional de Belas-Artes
Morada: Rua Barata Salgueiro, 36, Lisboa
Data: De 14 a 18 de novembro
Horários:
Terça-feira a sexta-feira entre as 16 e as 21 horas
Sábado entre as 14 e as 21 horas
Domingo entre as 12 e as 19 horas
Preço: 10€, bilhete simples, à venda no local

Mas o trabalho da Associação Portuguesa dos Antiquários desenvolve-se também muito próximo dos museus, dos quais a é parceira na “divulgação das suas exposições e de determinadas peças”. A APA fala “num relacionamento muito próximo e muito presente” entre ambas as partes.

Contas feitas, a APA acredita num diálogo alargado entre o antiquariato e o universo museológico, já que ambos possuem valências únicas e de grande mais-valia para a promoção do conhecimento do património artístico mundial. Também nesse sentido, esta 1.ª Feira da APA – Artes e Antiguidades conta com apoio do Museu de Etnologia e do Museu Nacional de Arte Antiga, além da Câmara Municipal de Lisboa, do Turismo de Lisboa e com o Alto Patrocínio de Sua Excelência o Presidente da República.