Vinte e nove casos de sarampo foram confirmados desde o dia 8 de novembro até ao final da tarde de segunda-feira na região de Lisboa e Vale do Tejo, segundo a Direção-Geral da Saúde (DGS).

Entre os casos confirmados, 24 são adultos e cinco são crianças, de acordo com o novo balanço da DGS, que lembra a existência de dois surtos distintos: em Cascais (21 casos confirmados), com origem num caso importado da Ucrânia, e em Oeiras (cinco casos confirmados), com origem num caso importado da República Checa.

No mesmo período de tempo “foram ainda confirmados três casos isolados, sem ligação epidemiológica conhecida aos referidos surtos e que estão a ser investigados”, afirma a DGS, acrescentando que dos casos investigados 33 tiveram resultado negativo.

O vírus do sarampo é transmitido por contacto direto com as gotículas infeciosas ou por propagação no ar quando a pessoa infetada tosse ou espirra. Os doentes são considerados contagiosos desde quatro dias antes até quatro dias depois do aparecimento da erupção cutânea.

Segundo a DGS, os sintomas de sarampo aparecem geralmente entre 10 a 12 dias depois da pessoa ser infetada e começam habitualmente com febre, erupção cutânea, tosse, conjuntivite e corrimento nasal.

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A DGS sublinha ainda que o sarampo “é uma das doenças infeciosas mais contagiosas podendo provocar doença grave, principalmente em pessoas não vacinadas”.

Segundo um relatório da Organização Mundial de Saúde divulgado no final de novembro, os casos de sarampo reportados em todo o mundo aumentaram em 2017, provocando 110 mil mortes, uma vez que vários países registaram surtos graves e prolongados da doença.

Utilizando dados atualizados de modelos de projeção de doenças, o relatório fornece estimativas mais abrangentes das tendências do sarampo nos últimos 17 anos, mostrando que, desde o ano 2000, mais de 21 milhões de vidas foram salvas através da vacinação contra a doença.