O grupo alemão liderado pela Volkswagen fez as contas, depois do anúncio feito pela Comunidade Europeia que obriga a uma redução das emissões de CO2 em 2030 de 37,5%, face aos valores de 2021, e concluiu que, até lá, precisa de acelerar as vendas de carros eléctricos, pois de outra forma não cumprirá as exigentes metas. De recordar que primeiro os fabricantes têm de respeitar os 95g de CO2 em 2020, isto depois de terem emitido um máximo de 130g em 2015.

Se para cumprir a meta dos 95g os construtores já estavam a apostar fortemente na electrificação,  sobretudo híbrida plug-in, mas também 100% eléctrica, a obrigatoriedade da reduzir a fasquia em mais 37,5% de 2021 para 2030 vai motivar um (forte) esforço adicional. O mais curioso é que o primeiro sinal oficial de alarme seja dado pela marca que está em melhor situação para cumprir os 95g e até para respeitar a imposta redução de 30% para 2030, agora incrementada para 37,5% (isto apesar de alguns países pretenderem atirá-la para 40%).

“Apesar de termos previsto comercializar 40% de veículos eléctricos a bateria em 2030, chegámos agora à conclusão que só isso não nos permitiria respeitar a nova meta das 37,5g”, avançou um porta-voz da Volkswagen, de acordo com o que noticia a Reuters.

Em termos práticos, isto significa que a Volkswagen, mesmo depois de ter alocado 30 mil milhões de euros aos modelos eléctricos, construindo fábricas para produzir células, packs de baterias e veículos movidos a electricidade, tem de incrementar o número de modelos com zero emissões, o que deverá implicar aumentar para cerca de 50% a percentagem de carros eléctricos, ou então reduzir a produção de veículos mais poluentes. Ou seja, os mais potentes e os maiores, o que afectará necessariamente os tão populares SUV.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR