O primeiro piloto português a alcançar a categoria máxima do motociclismo (MotoGP), Miguel Oliveira, está a pouco mais de um mês de se estrear em competição, considerando que o mais importante é ganhar experiência neste primeiro ano.

“Sou rookie [estreante] e ser campeão, para já, está fora do meu horizonte. Os treinos são importantes, mas a experiência só se ganha nas corridas. O meu objetivo nesta primeira temporada é terminar as corridas e ganhar quilómetros”, afirmou aos jornalistas Miguel Oliveira, à margem de um evento em Lisboa.

O vice-campeão do mundo de Moto 2 em 2018 considerou que a moto KTM que vai ter à disposição nesta época pode permitir-lhe lutar por uma classificação entre o 10.º e o 15.º lugares, pelo que ambiciona ser “o mais competitivo possível” no ano de estreia no novo escalão.

Questionado se sonha ganhar o prémio de rookie do ano, Miguel Oliveira desvalorizou esse objetivo, ainda que diga que será positivo caso o consiga. “Ser rookie do ano não me alimenta muito o ego, mas se o alcançar claro que é muito bem-vindo, e também será suado”, assinalou, sublinhando que partilhar a pista com a lenda viva Valentino Rossi não lhe tira o sono. “O Rossi é um adversário como outro qualquer. Respeito-o como respeito outro qualquer”, afirmou.

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O piloto de 24 anos, natural de Almada, considerou ainda “histórico ter um português no MotoGP”, revelando que a sua rotina mudou muito pouco face à última época, ainda que admita que “o treino é mais intenso, tal como o calendário”.

Miguel Oliveira foi esta quinta-feira apresentado como um dos novos atletas apoiados pela Meo, a par do piloto de ralis Armindo Araújo, pentacampeão nacional de ralis absoluto, numa cerimónia em que a operadora de telecomunicações anunciou ainda que vai ser a parceira tecnológica da 40.º edição da Rampa da Falperra, uma das mais icónicas provas de montanha da Europa, promovida pelo Clube Automóvel do Minho.

“O objetivo para 2019 é a revalidação do título. Somos campeões nacionais em título e tivemos, em 2018, talvez a melhor prova de ralis da Europa. Temos um campeonato muito bom e cada vez mais competitivo”, realçou Armindo Araújo, que interrompeu a carreira durante cinco anos antes de voltar em grande forma ao ativo no ano passado.

Por seu turno, Alexandre Fonseca, presidente da Altice Portugal (dona da Meo), apontou para o apoio dado pelo grupo ao desenvolvimento do desporto em Portugal, recordando os patrocínios dados a clubes, Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e a vários atletas de diferentes modalidades, como Cristiano Ronaldo (futebol) ou Frederico Morais (surf).

“Temos mais dois embaixadores da marca Meo, e são dois dos maiores nomes do desporto motorizado em Portugal”, realçou Alexandre Fonseca, salientando a importância de haver um português na MotoGP e desejando que Armindo Araújo mantenha o seu percurso vencedor.

“Todos os portugueses têm grandes expectativas por termos um português na MotoGP e desejamos que o Armindo Araújo continue a dominar nas quatro rodas”, lançou o responsável.