Já ouviu falar de Cary Joji Fukunaga? Pois este realizador, produtor e argumentista vai ser o director do próximo filme do 007, a sair em 2020. O actor que veste a pele de James Bond vai continuar a ser Daniel Graig, depois de afirmar que não voltaria a fazer de bom da fita ao serviço de Sua Majestade. Mas há novidades na próxima sequela do popular filme de acção: o carro da estrela britânica não vai mais contar com um possante motor V8 ou V12 a gasolina.

6 fotos

Ao que parece, Fukunaga quer que os espectadores se apercebam que Bond não é só um tipo preocupado em dar uma tareia nos maus da fita e conhecer intimamente as Bond Girls. Na próxima película da série, o 007 vai também combater o ar irrespirável e o aquecimento global, conseguindo atingir este dois-em-um com recurso a um veículo eléctrico.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Mas James Bond não vai surgir no próximo filme a conduzir um eléctrico como o Nissan Leaf, o Renault Zoe ou o Tesla Model S, perseguindo os inimigos da humanidade. Como quase sempre acontece nos filmes do espião britânico, o carro de serviço vai ser um Aston Martin, mais precisamente o seu primeiro modelo eléctrico, o Rapide E.

3 fotos

Trata-se de um veículo de que apenas vão ser fabricadas 155 unidades, comercializadas por 250.000 libras cada, ou seja, cerca de 292.000€. O Rapide E é basicamente a versão eléctrica do Rapide com motor V12 a gasolina, ou seja, o espaço para baterias não abunda, uma vez que não foram previstas no início do projecto. Ainda assim, o fabricante inglês conseguiu encaixar 65 kWh de capacidade, destinada a alimentar um motor eléctrico montado no eixo traseiro com um total de 618 cv, suficiente para alcançar 250 km/h de velocidade máxima e atingir os 96,7 km/h em menos de 4 segundos.

Segundo o CEO da Aston Martin, o Rapide E está equipado com um sistema eléctrico a 800V, o que lhe permite ser recarregado mais rapidamente. Contudo, o maior problema de Bond vai ser apanhar os bandidos nos 320 km que o Rapide E anuncia de autonomia, valor que facilmente cairá para menos de 200 km (ou mesmo de 100 km) caso as perseguições a alta velocidade se mantenham. Ou bem que Bond persegue uns criminosos cumpridores dos limites máximos impostos pelas autoridades, ou corre o risco de interromper as perseguições para dar um “aconchego” às baterias. Especialmente porque, ao que tudo indica, o filme será rodado nos Alpes suíços, onde o frio corta mais uma fatia à autonomia.