São já mais de 40 anos ao serviço, mas o Lada Niva não perdoa a idade e conseguiu superar mais um dos testes que tinha pela frente. Para poder voltar a ser comercializado na Europa, o emblemático jipe russo tinha de estar em conformidade com as novas normas ambientais, ou seja, enquadrar-se dentro dos parâmetros estabelecidos pelo novo ciclo de homologação de consumos e emissões WLTP (acrónimo de Worldwide Harmonized Light Vehicles Test Procedure), que veio substituir o já há muito desactualizado New European Driving Cycle (NEDC).

Sem mexer em mais nada, a Lada concentrou-se apenas em adaptar o sistema de controlo de emissões, de modo a suprimir muito do dióxido de carbono, Nox, partículas e afins que o velhinho 1.7 a gasolina, com uns singelos 83 cv, antes emitia e que o impediam de cumprir a necessária homologação para poder continuar a ser comercializado na Europa. Esse trabalho traduz-se em números: 226 g/km de C02, isto é, dentro dos limites estabelecidos pela legislação, mas quase tanto quanto um Ferrari Portofino (245 g) com 600 cv.

Obtida assim a certificação Euro6d-TEMP, o Lada Niva volta a poder ser comercializado nos mercados europeus – pelo menos, antes da entrada em vigor da próxima norma Euro 6.3, também denominada Euro 6.d ou Euro 6.d completa, que entrará em vigor em Janeiro de 2020.

20 fotos

Ainda não há previsão de quando serão retomadas as entregas, mas sabe-se já que a Lada enviará apenas 1.000 unidades por ano para a Europa, com preços em consonância com o equipamento oferecido – desde 11.900€. Em troca, o lendário jipe russo mantém-se fiel à transmissão manual de cinco velocidades com caixa de transferência e redutoras, permitindo que qualquer relação possa ser reduzida, mas continua avesso aos airbags. Não há protecção para condutor nem passageiro, por isso resta confiar no novo sistema de travagem com ABS que o Niva recebeu. Modernices…

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR