O Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) pediu informação ao Novo Banco sobre eventuais financiamentos do BES à Brisa e ao Grupo Mello entre 2006 e 2007 e ao grupo Pelicano, de acordo com o Jornal de Negócios, que leu os autos da investigação do caso EDP.

De acordo com os autos da investigação do Ministério Público, citados pelo Negócios, Manuel Pinho, enquanto ministro da Economia, entre 2005 e 2009, terá alegadamente beneficiado “indevidamente os interesses diretos ou indiretos do grupo GES/BES”.

Em causa, por exemplo, estão nomeadamente as aprovações das Herdades da Comporta (controlada pelo GES) e do Pinheirinho (financiada pelo BES) como projetos PIN (Potencial Interesse Nacional).

O Ministério Público considera ainda “indevida” a autorização concedida por Manuel Pinho à Brisa para a aquisição da Auto-Estradas do Atlântico, “contrariando de forma inédita a decisão de proibição da Autoridade da Concorrência”.

Nos autos, pode ler-se, de acordo com o Negócios, que o Ministério Público estabelece uma ligação entre os alegados benefícios concedidos a estas empresas e as “quantias pagas pelo GES por ordem do arguido Ricardo Salgado ao arguido Manuel Pinho”, que terá recebido cerca de 1,3 milhões de euros.

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