Há hospitais em Portugal, incluindo do Serviço Nacional de Saúde (públicos), que estão a recorrer a empresas de recuperação de dívidas para cobrar despesas que ficaram por pagar, desde taxas moderadoras até custos de consultas, revela uma investigação da Rádio Renascença.

A partir de queixas de utentes, afixadas em sites como o Portal da Queixa, a Renascença falou com uma das empresas que estarão a ser contratadas para este serviço: a sueca Intrum Portugal, que confirmou estar envolvida nesse tipo de trabalho.

“Também trabalhamos com hospitais. Taxas moderadoras, outro tipo de consultas, hospitais privados, também públicos, mas mais privados”, reconheceu o diretor-Geral da Intrum, Luís Salvaterra.

O Ministério da Saúde, contactado no âmbito da reportagem da Renascença, garante que os hospitais têm autonomia de gestão — mas não há qualquer referência a este tipo de contratação nos planos de gestão que os hospitais têm de submeter à aprovação do ministério. Nos últimos sete anos as taxas moderadoras em dívida, no Serviço nacional de Saúde, ultrapassaram os 86 milhões de euros, acrescenta a Renascença.

2,7 milhões de portugueses não têm dinheiro para pagar taxas moderadoras

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