A plataforma Fartura volta a Portugal para mostrar a cozinha brasileira, mas também para “compreender cada vez melhor a cozinha portuguesa e onde as duas cozinhas se encontram”, referiu a curadora do Festival Fartura de 2019.

Três chefes brasileiros — Flávio Trombino (de Minas Gerais), Paulo Anijar (Pará) e Marina Araújo (Ceará) — são as caras do festival, que decorre entre quinta-feira e domingo no Espelho de Água, em Lisboa.

“O Fartura apresenta um formato novo na edição deste ano. Para além das apresentações dos três chefes ao almoço e jantar no sábado, e num almoço no domingo, vamos fazer uma exposição de fotografia no espaço Espelho de Água, em que vamos dar a conhecer várias expedições realizadas pela plataforma Fartura até agora, incluindo a que fizemos em Portugal”, disse à Lusa a curadora do festival, Luiza Fecarotta.

O festival começa na quinta-feira de manhã com uma “mesa de conversa”, aberta ao público, em que serão abordados “elos de ligação entre as gastronomias brasileira e portuguesa”, com a presença de Teresa Vivas, consultora da AHRESP — Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal, e dos chefes João Lima, de Portugal, e os brasileiros Flávio Trombino e Marina Araújo.

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O Projeto Fartura, liderado pelo empresário Rodrigo Ferraz, é uma plataforma de pesquisa das raízes e cadeia produtiva da gastronomia brasileira, que realizou já expedições em várias regiões do Brasil e de Portugal que lhe permitiram construir um “banco de dados que serve para alimentar livros, programas de televisão e rádio, documentários, e festivais”, explicou Luiza Fecarotta.

Os vídeos produzidos pelo Projeto Fartura já receberam vários prémios.

As distinções mais recentes foram “Best South American Film” e “People’s Choice Awards” na categoria “Documentários”, no Festival ART&TUR, com o vídeo “O Mestra da Farinha”, entregue em 25 de outubro em Lisboa.

“Há três anos iniciámos uma interlocução com Portugal, em homenagem às nossas origens. Queremos estar em Portugal, mostrar a cozinha brasileira, e tentar compreender cada vez melhor a cozinha portuguesa e onde as duas cozinhas se encontram”, concluiu a curadora do festival.