A juíza Sílvia Rosa Pires aceitou esta sexta-feira o requerimento apresentado pelo advogado do Sporting, Miguel Coutinho, para que os oito jogadores que estavam na Academia no dia da invasão e que ainda hoje permanecem no plantel leonino possam falar como testemunhas do Ministério Público por videoconferência.
De recordar que o pedido foi feito por Miguel Coutinho na passada terça-feira, no sétimo dia do julgamento do caso de Alcochete, colocando duas possibilidades em cima da mesa: ou o testemunho através de videoconferência ou a possibilidade de os arguidos não se encontrarem na sala quando os jogadores lá estivessem.
O advogado do Sporting justificou o pedido “por causa do que viveram naquele dia e por motivos de segurança”, referindo ainda que a pressão de estar presente perante os alegados agressores lhes poderia trazer transtornos. Em paralelo, Miguel Coutinho nomeou também uma série de razões para mostrar que não é fundamental que estejam fisicamente no tribunal. Coutinho anunciou também nesse mesmo dia que os atletas verde e brancos querem instaurar procedimento criminal contra os arguidos.
No entanto, acabou por haver aqui também uma espécie de revisão da primeira ideia que existia: na semana passada, quando Miguel Coutinho pediu para que as datas de audição dos jogadores fossem alteradas em virtude do estágio da equipa em Barcelos entre sábado e a noite desta quarta-feira (o que foi anuído), a juíza presidente referiu em conversa informal com os advogados quando estava a avaliar a questão que não faria sentido ouvir os atletas em estágio com o restante plantel do Sporting via Skype, até porque existiam muitas outras testemunhas (algumas delas importantes, como Bas Dost, William Carvalho, Jorge Jesus ou Rui Patrício) que teriam já de ser ouvidas por videoconferência por se encontrarem a jogar ou treinar fora de Portugal.
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Desta forma, Luís Maximiano, Wendel, Mathieu (todos ouvidos na próxima segunda-feira), Ristovski, Bruno Fernandes (terça-feira, dia 10), Acuña, Battaglia (dia 17) e Coates (dia 19) serão as próximas testemunhas apresentadas pelo Ministério Público e irão falar por videoconferência.