Há jipes capazes de verdadeiras proezas quando em causa está ultrapassar obstáculos em fora de estrada. Mas por muito que os seus fabricantes se esmerem, há sempre limites inultrapassáveis, sejam eles definidos pela altura de água que conseguem atravessar a vau ou determinados ângulos de ataque, de saída ou ventral. Porém, nada disto é um problema para o Sherp, conhecido como o The Ark, concebido para ser capaz de ir até ao fim do mundo e… voltar.

O Sherp tem várias características que o tornam extremamente eficaz. E apetecido, pois apesar de ter sido concebido na Rússia e aí produzido (em 2015), bem como na Ucrânia, é vendido em todo o mundo. A começar nos EUA, sempre que é necessário um veículo que encara pântanos ou lagos parcialmente gelados como uma mera auto-estrada.

Entre os principais clientes para este tipo de veículos encontram-se os centros de investigação e exploração que operam nos polos, por o The Ark possuir uma capacidade impressionante de circular sobre neve e gelo, mesmo quando reboca massas elevadas de carga ou passageiros. É construído em aço e alumínio, este último a servir para conter o peso, de forma a não beliscar uma das suas características fundamentais: flutuar, mesmo sem rodas.

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Em vez de lagartas, está equipado com pneus com um desenho que mais parecem “pás”, responsáveis pela locomoção dentro de água. Não há nada que se estrague ou se parta, pois o Sherp não usa suspensões ou direcção, curvando pelo controlo em separado da aplicação de potência nas rodas do lado direito ou do esquerdo.

O motor ao serviço do The Ark é um 2.4 turbodiesel que fornece apenas 74 cv, o que parece pouco (e é), mas que depois compensa ao recorrer a uma caixa extremamente curta, que o limita a uma velocidade máxima de somente 30 km/h. Isto em seco, pois dentro de água fica-se pelos 6 km/h.