A Mercedes anunciou o arranque da produção do EQC em Maio de 2019, antecipando uma produção de 100 unidades diárias, valor que deveria ser ampliado para o dobro algures durante 2020. O modelo eléctrico é fabricado na mesma linha de outros Mercedes com a mesma plataforma, com o fabricante alemão a apontar para uma produção de 25.000 unidades por ano.

Apesar da reduzida capacidade de produção, tudo indica que a Mercedes tem-se deparado com problemas relacionados com o fornecimento de células de baterias, o que a tem impedido de montar os packs de acumuladores de que necessita para fazer funcionar o SUV. De recordar que o EQC usa 384 módulos com células fornecidas pela LG Chem, à semelhança da maioria dos construtores europeus de automóveis eléctricos.

O alerta foi dado pela imprensa alemã, depois de os jornalistas se aperceberem que, em Novembro, a marca germânica apenas entregou no seu país 19 unidades, atingindo um assim um total de apenas 55 EQC no acumulado do ano, apesar das campanhas publicitárias na televisão. Ora, a Daimler necessita de vender uma quantidade apreciável de EQC em 2020 (e anos seguintes) para cumprir o limite de 95g de CO2/km e evitar assim as pesadas multas impostas por Bruxelas.

O EQC possui uma bateria de 80 kWh e com um peso de 625 kg, que alimenta os dois motores do SUV, totalizando 408 cv, assegurando uma autonomia de 417 km (em WLTP). A Mercedes é mais um fabricante alemão, com muita experiência enquanto construtor de veículos com motor de combustão, mas que também foi “vítima” das necessidades específicas dos modelos alimentados por bateria.

No mesmo mês, a Audi comercializou 192 unidades do e-tron, um concorrente ainda que de maiores dimensões. Nos primeiros 11 meses do ano, foram comercializados na Alemanha 57.533 veículos eléctricos. A esmagadora maioria pertence à Tesla, a líder de vendas no mercado alemão e na Europa.

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