A FIR Oceânica do Sal (região de informação de voo), de Cabo Verde, controlou em janeiro um novo recorde de aeronaves, com uma média de 166 movimentos diários, ao completar 40 anos de existência, segundo dados da empresa pública Aeroportos e Segurança Aérea (ASA).

De acordo com um boletim de tráfego da empresa pública Aeroportos e Segurança Aérea (ASA), consultado esta segunda-feira pela Lusa, em todo o mês de janeiro Cabo Verde controlou 5.151 movimentos de aeronaves no espaço aéreo sob sua jurisdição, um recorde para o primeiro mês do ano.

A FIR (região de informação de voo) corresponde a um espaço aéreo delimitado verticalmente a partir do nível médio do mar, sendo a do Sal – que existe desde 1980 – limitada lateralmente pelas de Dakar (Senegal), Canárias (Espanha) e Santa Maria (Açores, Portugal).

Toda esta aérea está sob jurisdição das autoridades aeronáuticas cabo-verdianas, tendo a FIR sido criada em 1980 e com o 40.º aniversário assinalado este mês na ilha do Sal, com vários eventos.

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O registo da FIR Oceânica do Sal no mês passado compara com os 4.723 em janeiro de 2019 (+9,1% comparando com 2020) e 4.080 em 2018 (+26,3%).

A localização estratégica da FIR do Sal “coloca-a, pois, na encruzilhada dos maiores fluxos de tráfego aéreo entre Europa e a América do Sul e entre a África Ocidental e a América do Norte e Central e as Caraíbas”, explicou a ASA.

Os rendimentos da ASA com o setor da navegação aérea envolvendo a FIR cresceram 19% de 2017 para 2018, para 2.945 milhões de escudos (26,6 milhões de euros), o equivalente a 43% de todas as receitas da empresa.

O pico histórico mensal do movimento na FIR Oceânica do Sal registou-se em julho de 2019, com um total de 5.424 aeronaves controladas, equivalente a 175 movimentos diários.

O Centro de Controlo Oceânico do Sal funciona no Aeroporto Internacional Amílcar Cabral, na ilha do Sal, tendo sido inaugurado em 24 de junho de 2004.

A FIR Oceânica do Sal controlou 58.345 movimentos de aeronaves em 2019, o maior número de sempre e um crescimento de 12,9% face ao ano anterior, segundo dados anteriores da ASA.

Verificou-se um crescimento de sobrevoos em todos os meses, registando em média um aumento mensal de 554 sobrevoos. No total do período, registou-se um acréscimo de 6.651 sobrevoos, face a 2018″, sublinha-se no boletim anual da ASA sobre o tráfego aéreo.

Das principais operadoras a sobrevoar o espaço aéreo de Cabo Verde a companhia portuguesa TAP destacou-se, segundo a ASA, ao chegar a uma quota de 17,7%, correspondente a 10.304 voos em 2019, um aumento de 4,5% face ao ano anterior.

Das restantes operadoras que fazem parte do top 15, apenas a Thomsonfly (-2,6%) e a South African Airways (-3,2%), registaram decréscimo nos movimentos de sobrevoos, face ao período homólogo de 2018, acrescenta-se no boletim.