O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, lembrou esta segunda-feira Mário Machungo, antigo primeiro-ministro que morreu em 17 de fevereiro em Lisboa, como um “nacionalista convicto e um defensor acérrimo da independência” do país.
Perdemos um nacionalista convicto”, disse Filipe Nyusi, falando durante o funeral de Estado de Mário Machungo, ocorrido esta segunda-feira no salão nobre do Conselho Municipal da Cidade de Maputo.
O antigo governante, que ocupou o cargo de primeiro-ministro entre 1986 e 1994, morreu vítima de doença prolongada em Lisboa.
Para o chefe de Estado moçambicano, a entrega e determinação de Mário Machungo às causas da nação moçambicana são lições que devem permanecer com o povo.
Machungo é o mestre que soube imprimir no seu nome letras inapagáveis na história de Moçambique”, frisou Filipe Nyusi, acrescentando que se tratou de um “acérrimo defensor da independência económica e política de Moçambique”
O Presidente lembrou ainda o ex-chefe do executivo como um governante “nobre e pujante”, comprometido com o bem-estar e justiça para os moçambicanos.
Mário Machungo, um homem de um saber abrangente e lealdade exemplar, deixa-nos um legado de entrega à causa moçambicana”, acrescentou o chefe de Estado moçambicano.
O último cargo ocupado por Mário Machungo foi a presidência do banco Millenium Bim, até 2015, uma das maiores instituições financeiras do mercado moçambicano. Docente universitário, o ex-primeiro-ministro ocupou vários cargos ministeriais entre 1975 e 1986, incluindo as pastas da Indústria e Comércio, Agricultura e Planificação. Foi igualmente deputado durante a primeira legislatura multipartidária pela bancada da Frelimo. Foi membro do Conselho Consultivo do Instituto Superior de Economia e Gestão (ISEG) da Universidade Técnica de Lisboa e da Universidade Eduardo Mondlane, a maior de Moçambique.
Machungo nasceu em 1 de dezembro de 1940 em Maxixe, na província de Inhambane, no sul do país. Moçambique observa dois dias de luto nacional em sua memória.