O Land Cruiser FJ40 foi um caso raro de popularidade. A potência do seu motor, associada às características do chassi e suspensões, transformou aquele que era na génese um carro de trabalho num dos primeiros jipes a ser utilizado como veículo para todos os dias com óbvio aspecto de todo-o-terreno, ou seja, um SUV. E isto em 1960.

Hoje, com 60 anos de uso e abusos, estes modelos têm os motores “cansados”(e a poluir demasiado para algumas cidades) e caixas que arranham tanto que substituem a buzina, o que os converte em modelos ideais para electrificar, ou seja, substituir a mecânica original diesel por outra mais moderna e 100% eléctrica. Uma das empresas que procede a esta alteração é a Vintage Air, um transformador de Santo António, no Texas, que é também o preferido de Jay Leno para realizar modificações nos seus modelos clássicos.

Independente do bom trabalho da Vintage Air, é bom ter presente que também existem em Portugal transformadores à altura, como por exemplo a Zeev. Este FJ40 tem como destino um cliente numa ilha das Caraíbas, pelo que, além da electrificação, o Toyota necessitava de ser equipado com ar condicionado. Tudo isso foi realizado no Texas.

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O motor a gasóleo cedeu o seu lugar a um eléctrico, sem que a Vintage Air avance com a potência, mas foi instalada uma caixa de velocidades manual (as redutoras parecem ter desaparecido, mas não são necessárias com um motor eléctrico) e os diferenciais da marca japonesa. A transformação mais simples e barata, uma vez que consegue garantir um sistema 4×4 com apenas um motor eléctrico.

Para se mexer de um lado para o outro, o FJ40 eléctrico monta um acumulador com 36 kWh, pack de baterias construído com módulos da Tesla que deverá garantir uma autonomia real entre 120 e 153 km, dependendo da utilização, o que deveria rondar 200 km caso fosse calculada segundo o sistema WLTP.