O lucro da Adidas ascendeu a 1.976 milhões de euros, mais 16,1% que no exercício anterior, suportado pelo comércio eletrónico e pelo crescimento das vendas na China, disse esta quarta-feira o fabricante alemão de artigos desportivos.

A faturação da Adidas foi de 23.640 milhões de euros, superior em 7,9%, e o resultado operacional atingiu 2.660 milhões de euros, isto é, mais 12,4%, face ao exercício do ano anterior.

Descontando as variações cambiais das diferentes divisas, o volume de negócios teria subido 6%, adiantou a empresa em comunicado.

A Adidas referiu ainda que alcançou estes resultados apesar de alguns problemas de fornecimento nos Estados Unidos no primeiro semestre do ano passado, devido ao forte aumento da procura de roupas do segmento de preços médios.

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Quanto à faturação da marca Adidas, cresceu 8,3% em 2019, enquanto a da Reebok subiu 3,6%.

A administração da empresa vai propor à assembleia geral de acionistas aumentar em 15%, face a 2018, a distribuição do dividendo, até 3,85 euros por ação.

O presidente da Adidas, Kasper Rorsted, manifestou-se cauteloso em relação às previsões para este ano, por causa dos possíveis efeitos do novo coronavírus nas suas vendas e explicou que as consequências financeiras no negócio do grupo empresarial ainda não podem ser quantificadas porque a situação “muda muito rapidamente”.

O nosso objetivo é obter o aumento do lucro pela sexta vez consecutiva, situando-se em dois dígitos. Desde o surto do [novo] coronavírus, houve efeitos negativos notáveis nos nossos negócios na China após o Ano Novo Chinês”, frisou ainda o responsável.

A China é um dos mercados mais importantes e lucrativos para a Adidas, onde as vendas aumentaram 15% no ano passado, descontando os efeitos das variações cambiais.

A Adidas fechou muitas lojas na China e, desde fevereiro, interrompeu o fornecimento ao país, embora desde o final de fevereiro se registe uma recuperação, porque muitas lojas foram abertas.

O fabricante de artigos desportivos prevê também que os negócios no Japão e na Coreia do Sul sejam afetados pelo coronavírus, mas na Europa não avançou previsões, embora a situação na Itália “seja crítica”, com mais de 8.500 infetados e 631 mortes em todo o país.

As ações da Adidas caíram 5,2% na Bolsa de Frankfurt, para 209,50 euros, depois de serem divulgados os resultados e as previsões para este ano.

A Adidas espera aumentar o volume de negócios entre 6% a 8% em 2020, descontando os efeitos das variações nas taxas de câmbio.