A Associação Académica de Coimbra (AAC) lançou esta terça-feira, Dia Nacional do Estudante, uma petição pública para a suspensão imediata do pagamento das propinas e reforço extraordinário das bolsas no ensino superior português.

Em comunicado enviado à agência Lusa, aquela estrutura estudantil salienta que, “tendo recebido o apoio e solidariedade vindo de todos os estratos da sociedade civil”, após ter endereçado o pedido ao Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, decidiu avançar com a petição para que a Assembleia da República discuta a proposta.

Tendo em conta o momento extraordinário que atravessamos, é urgente que o Estado auxilie os Estudantes do Ensino Superior e que garanta as condições necessárias para ultrapassar esta crise sem um sofrimento excessivo”, refere o presidente da AAC, citado na nota.

Para o líder estudantil, este é “o momento fundamental para que a Assembleia da República atue em nome de todos os estudantes”.

Sentimos uma onda de apoio e de solidariedade de todos os cantos do país. A sociedade compreende e quer-se mobilizar no auxílio aos estudantes do ensino superior português”, sublinha.

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Salientando que a Assembleia da República promulgou o 24 de março como Dia Nacional do Estudante para “homenagear as gerações estudantis e o seu contributo para um país mais próspero e democrático”, a AAC pede agora ao mesmo órgão de soberania que os auxilie “nesta crise tão devastadora”.

O novo coronavírus, responsável pela pandemia da Covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000. Depois de surgir na China, em dezembro de 2019, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.

Em Portugal, há 33 mortes, mais dez do que na véspera, e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito esta terça-feira pela Direção-Geral da Saúde, que regista mais 302 casos do que na segunda-feira.

Portugal encontra-se em estado de emergência desde as 0h de quinta-feira e até às 23h59 de 2 de abril. Além disso, o Governo declarou no dia 17 o estado de calamidade pública para o concelho de Ovar.