A Confederação Europeia do Têxtil e Vestuário (Euratex) pediu à Comissão Europeia que autorize a exportação, a partir de Portugal, de 515 milhões de máscaras sociais reutilizáveis. Segundo disse ao Jornal de Notícias, Mário Jorge Machado, que pertence ao board da Euratex, trata-se de uma “autorização para podermos exportar um produto que, estando certificado em Portugal, seja aceite nos outros países”.

O uso de máscaras vai passar a ser obrigatório em serviços públicos fechados e há já várias empresas portuguesas a dedicarem-se à produção nacional deste tipo de proteção — segundo o secretário de Estado da Saúde, António Lacerda Sales, são mais de 200 empresas.

A produção de máscaras pode, assim, ajudar muitas empresas que cessaram a produção devido à Covid-19 — quase dois terços (64%) das empresas do têxtil e do vestuário aderiram ao layoff. E o foco não é apenas nacional, mas também a nível europeu. As máscaras precisam, no entanto, de serem certificadas — e esse processo junto do Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário (CITEVE) está já a acontecer.

O CITEVE, em colaboração com o Infarmed, a Direção-Geral da Saúde e a ASAE, vai permitir a produção de milhões de máscaras com qualidade, que começam a estar disponíveis no mercado português a partir de maio. O material deve ter uma filtração de, pelo menos, 70% das partículas, no caso da população em geral, e de cerca de 90% para profissionais que contactam com o público.

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