A Remote, uma startup que criou uma plataforma para gestão de recursos humanos em teletrabalho, recebeu 11 milhões de dólares (cerca de 10,1 milhões de euros). O investimento foi feito pela sociedade de capital de risco internacional Two Sigma Ventures com a participação da Index Ventures, da General Catalyst, da Liquid2, INKEF Ventures, Remote First Capital, e investidores das empresas GitLab e da HackerOne.

Esta startup foi fundada no início de 2019 pelo atual presidente executivo, Job van der Voort, holandês a viver desde 2011 em Portugal (atualmente em Braga), e Marcelo Lebre, o diretor tecnológico. Como contou ao Observador van der Voort, a Remote orgulha-se de não ter escritórios físicos e toda a equipa funcionar em teletrabalho. Mesmo assim, e apesar de a sede ser em São Francisco, no EUA, e a startup ter sido aí fundada, mais de metade da equipa, “cerca de 14 pessoas”, trabalham a partir de Portugal.

Este investimento representou para a Remote a ronda seed (a primeira fase de investimento de uma startup). Como conta Job van der Voort ao Observador, não foi a pandemia do novo coronavírus que levou a este investimento na startup. Antes de março, este já estava a ser tratado. Contudo, van der Voort refere que a pandemia do novo coronavírus “vai ajudar a acelerar o teletrabalho” e, consequentemente, ferramentas como a plataforma desta startup que ajudam a agilizar os processos necessários de contratação.

Mesmo para nós que já trabalhávamos em teletrabalho, isto [isolamento social] não tem sido normal”, diz Job van der Voort.

Em comunicado, a empresa afirma que este capital vai ajudar a expandir para “40 novos mercados”, incluindo o Canadá, a Alemanha, os Estados Unidos da América e França. “O trabalho remoto está a mudar o funcionamento do espaço de trabalho global. A mudança para a independência da localização significa que mais empresas começarão a contratar talentos em qualquer lugar do mundo”, diz ainda a startup.

Nos últimos anos, vimos uma mudança única numa geração para o trabalho remoto. Contudo, as empresas percebem rapidamente o quão complexo, difícil e demorado é empregar pessoas em diferentes países. Fazer folhas de pagamentos, fornecer benefícios e cumprir as leis e regulamentos locais de emprego rapidamente se torna muito arriscado ou esmagador para a maioria das startups e organizações”, diz a Two Sigma Ventures.

Segundo a Two Sigma Ventures a Remote pode os problemas burocráticos ligados ao teletrabalho. Em comunicado, Marcelo Lebre, que foi vice-presidente na startup portuguesa Unbabel, refere: “Este novo investimento vai promover a nossa missão de posicionar a Remote como um recurso global mais confiável para pessoas à procura de emprego, quem contrata, funcionários e empregadores”.

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