A Transport & Environment, organização não lucrativa com sede em Bruxelas, informou que, em 2019,  a União Europeia atraiu cerca de 60 mil milhões de euros em investimentos na área dos veículos eléctricos, ultrapassando assim a China, líder habitual, que se ficou pelos 17,1 mil milhões de euros.

O resultado atingido pelos países europeus é tanto mais de destacar, quanto regista um incremento de 19 vezes face ao atingido há apenas dois anos, quando não ultrapassou 3,2 mil milhões de euros. Nesse mesmo período, os investimentos da China neste sector sofreram uma redução diminuta, de 22 para 17,1 mil milhões de euros.

De uma forma ou outra, todos os fabricantes investiram fortemente na mobilidade eléctrica. Mas, ainda assim, com grandes diferenças entre eles, pois se uns optaram por produzir veículos eléctricos sobre as mesmas plataformas usadas pelos modelos com motores de combustão – o que lhes permite fabricá-los nas mesmas fábricas e linhas de montagem –, outros houve que foram mais longe e criaram plataformas específicas, incrementando as vantagens, mas igualmente os investimentos.

Na Europa, a parte de leão em termos de investimento está a cargo do Grupo Volkswagen e das suas marcas de maior volume, respectivamente a Volkswagen, Audi, Skoda, Seat e Porsche. Igualmente importante foi o investimento anunciado pela Tesla, cuja Gigafactory de Berlim poderá ser a maior fábrica de veículos eléctricos, destinada a abastecer o Velho Continente com os Model 3 e Model Y, além de produzir células e packs de baterias.

Em termos de investimento a longo prazo, os números envolvendo o Grupo Volkswagen são os mais impressionantes, com o gigante alemão a prever um investimento de 33 mil milhões de euros num período de quatro anos, pretendendo ter em circulação cerca de 75 modelos eléctricos a bateria em 2029.

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