Os Model 3 e, em breve, também os Model Y produzidos na fábrica da Tesla nos arredores de Xangai vão ser os primeiros a não recorrer às baterias desenvolvidas pela marca norte-americana e a Panasonic. Destinados exclusivamente ao mercado chinês e à maioria dos países asiáticos, estes Tesla montaram até agora células fornecidas pela sul-coreana LG Chem e pelos chineses da CATL, por não ser viável transportá-las dos EUA.

O Estado chinês autorizou agora que o fabricante de Palo Alto passe a utilizar células de fosfato de lítio de ferro (LiFePO4), uma tecnologia que limita a densidade energética do acumulador, mas que não usa cobalto (o material mais caro de uma bateria moderna) e que é, por isso, mais barata. Estas baterias são também mais pesadas, com o pack de um Model 3 a aumentar em cerca de 100 kg o peso da versão com maior capacidade (75 kWh).

As baterias que a Tesla usa nos modelos produzidos nos EUA, os mesmos que são exportados pera a Europa, utilizam uma química NCA (de níquel, cobalto e alumínio), a fórmula que a marca e a Panasonic encontraram para atingir a máxima densidade e eficiência energéticas, que o mercado reconhece como sendo a referência nesta matéria. Para as primeiras unidades produzidas na China, o construtor americano encomendou o melhor que existe no mercado à LG Chem e à CATL, as células de NCM (níquel, cobalto e manganês como estabilizador, em vez do alumínio), menos eficientes do que as que monta na fábrica de Fremont, na Califórnia.

A possibilidade de recorrer a baterias de fosfato de lítio de ferro foi, tudo indica, avançada pela CATL, que terá conseguido incrementar a longevidade e a densidade energética desta solução, convertendo-a numa alternativa, dada a vantagem no preço. Esta opção é também viável por o mercado chinês ser menos sensível e exigente em relação à autonomia.

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