Está fechado. A Fórmula 1 vai mesmo regressar a Portugal em outubro, 24 anos depois. O Autódromo Internacional do Algarve (AIA) vai receber um dos Grandes Prémios no fim de semana de 23, 24 e 25 de outubro, uma decisão que vai ser anunciada na sexta-feira, no decorrer de uma visita oficial de elementos do Governo à região, para encontros com autoridades relacionadas com a matéria, apurou o Observador.

De acordo com informações recolhidas pelo Observador, o Estado português vai entrar com investimento público para a realização da prova, num montante que deverá ser anunciado na sexta-feira. Confirmada está também o envolvimento da marca de cervejas Heineken como patrocinadora da prova, uma informação adiantada pelo Expresso e, entretanto, confirmada pelo Observador.

Há cerca de um mês, o administrador do AIA tinha dito que estavam reunidas todas as condições sanitárias para a realização de uma prova de Fórmula 1 em Portimão.

Estamos a trabalhar afincadamente na garantia da Fórmula 1 para Portugal. É um processo complexo, complicado e difícil. Neste momento, estamos a tentar dar todos os passos necessários e pensamos que até meados da próxima semana a situação deve estar resolvida”, revelou na altura à agência Lusa Paulo Pinheiro.

Segundo o responsável, na 24H Endurance disputada em 12, 13 e 14 de junho foi possível comprovar que “todos os procedimentos que pretendem demonstrar à F1 são passíveis de ser implementados no Autódromo e correram bem. Toda a gente a respeitar as regras”.

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O regresso da F1, defendeu, seria “o maior evento que Portugal já teve desde o Euro2004″, porque é o que tem “mais mediatismo e impacto económico a nível mundial”. Aliás, numa entrevista ao Jornal Económico, Paulo Pinheiro tinha estimado que, embora seja “cedo para estimar o retorno” da prova, os “estudos preliminares” apontam que “só a estrutura da Fórmula 1, as equipas e toda a organização de suporte das corridas, trarão um impacto económico direto entre 25 a 30 milhões de euros” e entre 17 e 35 milhões de euros de receita de bilheteira.

O objetivo é que, tendo em conta as regras de distanciamento social, o público ocupe “30% a 60% da capacidade do circuito”.

O início do Mundial de F1 estava previsto para 15 de março, na Austrália, mas a prova foi cancelada devido à pandemia. A competição começa a 5 de julho com oito corridas na Europa, entre julho e setembro. Para já, as primeiras corridas não terão público nas bancadas.