A Câmara de Coimbra vai apreciar e votar o projeto de renovação da estação ferroviária de Coimbra B, da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal (IP), na sua próxima reunião, agendada para segunda-feira.

O projeto elaborado pela IP prevê a “renovação substancial da estação e das suas instalações, a melhoria dos acessos viários e pedonais – incluindo passagem inferior para passageiros – e a integração plena com o Sistema de Mobilidade do Mondego (SMM) e outros meios de transportes públicos e particulares”, para tornar a infraestrutura num “importante complexo intermodal” da cidade e da região Centro.

Com uma “estimativa orçamental global da IP de 38,6 milhões de euros”, o empreendimento inclui o projeto de execução do troço entre Coimbra B e a Portagem, na Baixa da cidade, do SMM, que também será apreciado na próxima reunião do executivo municipal.

O SMM prevê a criação de um sistema de transporte público com recurso a autocarros elétricos (‘metro bus’) — solução adotada pelo Governo, em 2015, para oferecer “uma resposta adequada às necessidades de mobilidade das populações”, na sequência da desativação do ramal da Lousã, há mais de uma década, então para dar lugar à preconizada instalação de um metropolitano ligeiro de superfície em Coimbra e área diretamente servida pela ferrovia (concelhos de Coimbra, Lousã e Miranda do Corvo).

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A “renovação substancial” de Coimbra B (vulgarmente também conhecida por Estação Velha) terá em consideração “a integração plena com o interface do ‘metro bus'” e prevê, designadamente, “a melhoria dos acessos viários e pedonais, incluindo passagem inferior para passageiros, escadas rolantes e elevadores”, afirma a Câmara de Coimbra, numa nota enviada esta sexta-feira à agência Lusa.

A construção de novas bilheteiras, salas de espera, sanitários e coberturas e de áreas comerciais também está prevista no projeto que ainda reformulará “o ‘layout’ ferroviário para acomodar os serviços” que atualmente asseguram a ligação desta gare a Coimbra A (também identificada por Estação Nova), na Baixa da cidade.

A Câmara de Coimbra pretende, de acordo com a mesma nota, “aproveitar esta intervenção para aumentar a intermodalidade” de Coimbra B.

Para isso, a autarquia irá “desencadear o desenvolvimento de um procedimento para a criação de uma gare intermodal”, em substituição do terminal de autocarros na Avenida Fernão de Magalhães, de modo a “retirar o trânsito dos veículos pesados de passageiros desta via central da cidade”, afirma a mesma nota do município.

Prevista está ainda “a criação de parques de estacionamento periféricos e novas acessibilidades à estação [de Coimbra B], designadamente uma ligação entre a Rua do Padrão e a Avenida Aeminium”, para permitir “a transposição da passagem de nível do canal do ‘metro bus’, através de um cruzamento semaforizado, conclui a Câmara.

O SMM assegurará a ligação, através do antigo ramal da Lousã, de Serpins, Lousã e Miranda do Corvo, a Coimbra. No trajeto urbano, o ‘metro bus’ terá dois percursos: do Alto de São João à Baixa da cidade e a Coimbra B e a ligação desta linha, pelo centro da cidade, a Celas, zona onde estão instalados os hospitais da Universidade e Pediátrico, o Instituto Português de Oncologia e as faculdades de Medicina e de Farmácia (polo III da Universidade), entre outras unidades de saúde, estabelecimentos de ensino e serviços.