Os centros de saúde da região de Lisboa e Vale do Tejo tiveram problemas de funcionamento por causa da limpeza esta sexta-feira, durante a manhã. A Administração Regional de Saúde confirmou o problema à rádio Observador, garantindo, no entanto, que a situação foi rapidamente resolvida.

O presidente da Administração Regional de Saúde, Luís Pisco, confirma que o serviço foi atrasado por causa de uma decisão da empresa responsável pela limpeza, mas não quis revelar se o problema está relacionado com dívidas ao fornecedor, como conta este sábado o Correio da Manhã.

O presidente da Associação dos Médicos de Medicina Geral e Familiar, Rui Nogueira, diz não ficar surpreendido. “Esta situação de falta de pagamento de serviços em geral é conhecida e habitual no setor da Saúde há muitos anos, tem que ver com a suborçamentação da Saúde — os orçamentos normalmente não correspondem à despesa que é, de facto, necessário fazer e quando chegamos a setembro e outubro normalmente acaba-se o dinheiro”, disse Rui Nogueira à rádio Observador. “Agora, pelos vistos, terá acabado antes de setembro”.

Orçamento para os Centros de Saúde não é suficiente. “Chegamos a Setembro e Outubro e acaba-se o dinheiro”

Com base em denúncias de utentes, o Correio da Manhã dá conta de uma situação caótica nas unidades de cuidados primários dos Olivais, em Lisboa, que, segundo o jornal, fez com que muitos se dirigissem a hospitais, provocando aí constrangimentos.

Durante a manhã de sexta-feira, ainda de acordo com o Correio da Manhã, o hospital de São José chegou a ter 174 pessoas à espera de atendimento urgente. A unidade hospitalar confirmou “uma maior afluência de utentes com patologias variadas à Urgência”.

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