Os programas de apoio financeiro de Macau para frequência de pós-graduações nos politécnicos portugueses e na Universidade de Coimbra para o ano letivo 2020/2021 ficaram “desertos”, anunciaram esta terça-feira as autoridades da região administrativa especial chinesa.

Este ano foram selecionados oito candidatos à frequência de mestrados em universidades portuguesas, o único programa a receber candidaturas e cujo apoio individual tem o valor máximo de 61 mil patacas (6.429 euros), segundo a informação disponível no site da Comissão de Desenvolvimento de Talentos de Macau.

Outro dos programas para promover a formação de quadros qualificados é aquele que incentiva os residentes de Macau a frequentarem cursos de mestrado ministrados pelos politécnicos portugueses, mas para este não foi recebida qualquer candidatura.

Este programa é coorganizado pela Comissão de Desenvolvimento de Talentos e pelo Fundo do Ensino Superior, com oito vagas anuais, sendo que a cada um dos alunos é também concedido um subsídio anual de 61 mil patacas (6.429 euros).

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O mesmo valor é atribuído pelas autoridades a cada um dos estudantes selecionados no programa para a frequência de mestrados na Universidade de Coimbra, mas também este ficou “deserto”.

A funcionar desde 2017, lançado pela Comissão de Desenvolvimento de Talentos, Fundo do Ensino Superior e Fundação Macau, visa formar quadros qualificados bilingues em chinês-português e conta com três vagas anuais.

Os programas fazem parte dos cinco mecanismos de longo prazo criados pelo Governo de Macau para promover a formação de quadros qualificados, tendo mesmo sido criada em 2014 a Comissão de Desenvolvimento de Talentos.

Após a assinatura de um memorando de entendimento, Portugal passou a reconhecer automaticamente, a partir de 8 de outubro do ano passado, licenciaturas, mestrados e doutoramentos concluídos em Macau.

As autoridades classificaram a decisão como “um dos grandes resultados da cooperação” entre os dois territórios na área do ensino superior, o que poderia “atrair mais estudantes a frequentar cursos de ensino superior em Portugal, promovendo assim a mobilidade e o intercâmbio entre os estudantes das duas regiões”.

O mesmo reconhecimento automático por parte de Macau em relação aos graus académicos e diplomas conferidos em Portugal foi anunciado pelas autoridades da região administrativa especial chinesa em julho deste ano.

Após mais de 400 anos sob administração portuguesa, Macau passou a ser uma região administrativa especial chinesa em 20 de dezembro de 1999, com um elevado grau de autonomia por um período de 50 anos.