A polícia da Bielorrússia deteve centenas de protestantes que se manifestavam este sábado na capital de Minsk contra o presidente Alexander Lukashenko.

Os cerca de 2.000 protestantes eram sobretudo mulheres, cujo caminho foi bloqueado pela polícia. Segundo a Reuters, que cita uma testemunha, os agentes policiais começaram a retirar, uma a uma, pessoas que compunham a multidão.

Entre as várias detidas encontra-se a ativista Nina Baginskaya, de 73 anos, que se tornou num ícone dos protestos depois de no mês passado ter enfrentado polícias armados.

A AFP reporta que várias ambulâncias foram enviadas ao local para socorrer as protestantes durante os incidentes. Também de acordo com este meio, a polícia terá detido tantas mulheres que ficou sem veículos disponíveis para transportá-las, sendo que algumas acabaram por ser libertadas no local.

A Bielorrússia tem sido palco de várias manifestações desde 9 de agosto, data em que Alexander Lukashenko conquistou um sexto mandato presidencial, numas eleições consideradas fraudulentas pela oposição e parte da comunidade internacional  — Lukashenko nega estas acusações. No final de agosto, por exemplo, mais de 100.000 pessoas participaram numa manifestação de oposição ao homem que está no poder há 26 anos.

Também em agosto, os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia deram luz verde a sanções contra os responsáveis pela repressão ao movimento de protesto contra Alexander Lukashenko.

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