Desde 2016, 67 crianças adotadas ou em fase de pré-adoção foram devolvidas às casas de acolhimento, escreve esta sexta-feira o Jornal de Notícias. Considerando as 935 crianças adotadas nos últimos quatro anos, as devoluções dizem respeito a 7,2%.

Em 2019, sete crianças adotadas e duas em fase de pré-adoção regressaram ao acolhimento; em 2018 foram 19, em 2017 outras 15 e em 2016 foram 24, de acordo com o relatório CASA, Caracterização Anual da Situação de Acolhimento. O problema, segundo investigadores e técnicos consultados pelo jornal, está relacionado com a falta de acompanhamento às famílias após a adoção.

Foram devolvidas 53 crianças adotadas nos últimos três anos

É precisamente em janeiro que começa um programa que visa acompanhar, durante três anos, 270 famílias. O projeto “Follow up em pós-adoção” do Grupo de Investigação e Intervenção em Acolhimento e Adoção (GIIAA), da Universidade do Porto, em colaboração com o ISCTE e a Segurança Social, vai incluir o acompanhamento por parte de uma equipa de psicólogos e uma plataforma de apoio à distância, de maneira a identificar os problemas o mais precocemente possível.

A ideia, de acordo com Maria Barbosa Ducharne, do GIIAA, é provar a eficácia do acompanhamento e estendê-lo a todas as famílias adotantes.

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