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Apenas dois treinadores chegaram ao comando da seleção argentina com pouca ou nenhuma experiência enquanto técnicos principais de equipas. E surgiram logo de forma consecutiva: Diego Maradona agarrou no conjunto celeste em 2008 para levar até aos quartos do Mundial de 2010, Alejandro Sabella conduziu a formação sul-americana a partir de 2011 até à final do Mundial de 2014. Há duas semanas, quando El Pibe morreu, soube-se que El Mago tinha sido internado com uma arritmia cardíaca após saber a notícia. Morreu esta terça-feira, aos 66 anos.

“Foi um símbolo de sobriedade e hierarquia na elite do futebol”, descreve o Clarín sobre o antigo selecionador, que depois de ter dado entrada numa unidade hospitalar pelos problemas cardíacos de que padecia sofreu uma infeção que piorou o muito o quadro de saúde de cardiopatia aguda desde sábado, como deu conta a imprensa argentina. “O dia a dia é demasiado exigente. Quando estava a lutar para ver se continuava com vocês ou se ia para o outro lado, recordei-me do que dizia aos meus alunos, aos meus jogadores: ‘Não podem dar menos do que 100%. Se lhes pedia isso, tinha de lutar da mesma forma pela minha vida”, recordou numa entrevista há dois anos, após ter superado um cancro o treinador que não mais voltou ao comando de uma equipa após o Mundial de 2014.

Antigo médio, Sabella começou por destacar-se no River Plate, rumando depois à Europa onde representou em Inglaterra o Sheffield United (1978 a 1980) e o Leeds (1980/81). Até ao final da carreira, El Mago iria ainda representar o Estudiantes, o Grémio, o Ferro Carril Oeste e o Irapuato, sendo internacional por oito ocasiões.

Como treinador, Alejandro Sabella foi durante muitos anos adjunto de Daniel Passarella, tendo passado não só por clubes (Parma, Monterrey, Corinthians ou River Plate) mas também por seleções (Argentina e Uruguai). Em 2009, teve o primeiro projeto como técnico principal, sagrando-se vencedor da Taça dos Libertadores logo nesse ano, sendo ainda vice campeão mundial e campeão do Torneio de Abertura de 2010. Chegou à seleção da Argentina em 2011, tendo promovido Lionel Messi a capitão logo nos primeiros jogos. Após a final perdida do Mundial de 2014, e também por causa dos problemas de saúde, Sabella não voltou a orientar qualquer equipa.

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