Há 13 dias que o número de novos casos confirmados em Portugal é inferior ao de recuperados, o que se traduz numa constante redução do número de casos ativos. Ainda assim, e apesar de o número de internados estar a descer pelo quinta dia consecutivo (são este sábado 4.850 as pessoas internadas), as unidades de cuidados intensivos continuam próximas do limite superior da capacidade, com mais de 800 doentes a precisar de ventilação mecânica para sobreviver.
Segundo o boletim da Direção-Geral de Saúde (DGS) estavam, até às 00horas deste sábado, 803 pessoas internadas em unidades de cuidados intensivos. Um número semelhante ao de 29 de janeiro (quando havia 6.627 pessoas internadas mais 1.777 que este sábado). Nesse mesmo dia registavam-se em Portugal mais 13.200 infeções pelo Sars-Cov2, um número bem distante dos 2.856 novos casos que o boletim da DGS reporta este sábado.
Desde 29 de janeiro que o número de doentes em unidades de cuidados intensivos não chegava próximo das oito centenas, sendo a descida reportada neste boletim (43 pessoas) a maior oscilação registada pelo menos desde o início de dezembro. São menos 43 pessoas internadas nas unidades diferenciadas, depois de o boletim de sexta-feira ter registado um aumento de dez que veio contrariar a tendência de descida ao longo da semana.
É sabido que a doença tem uma evolução lenta e a redução expressiva do número de novos casos não tem impacto imediato no alívio do número de internados e da realidade nas unidades hospitalares do país. Nas últimas 24 horas morreram mais 149 pessoas, 80 das quais na região de Lisboa e Vale do Tejo aquela que concentra também um maior número de infeções são mais 1.440 casos confirmados, cerca de 50% do total nacional.
As regiões autónomas da Madeira e dos Açores não registaram qualquer morte por Covid-19 durante o dia de sexta-feira enquanto a região Centro registou 25, mais quatro que o Norte (com 21). No Alentejo, que registou mais 113 novos casos nas últimas 24horas morreram 12 pessoas e no Algarve 11 mortos (e 70 novos casos).
Morreu mais uma mulher com menos de 40 anos e duas com menos de 50
No que diz respeito à idade das 149 pessoas que morreram vítimas da Covid-19 durante a sexta-feira, uma mulher tinha entre 30 e 39 anos, aumentando o total de mortos nesta faixa etária para 39 (20 homens e 19 mulheres).
Dos 40 aos 49 anos há a lamentar a morte de mais duas mulheres sendo agora 157 pessoas com essa idade a ter morrido em Portugal desde o início da pandemia (80 homens e 57 mulheres).
Na faixa etária dos 50 aos 59 anos morreram dois homens e três mulheres e entre os 60 e os 69 anos 14 homens e seis mulheres. Com os mais velhos a serem mais afetados pela Covid-19, morreram 25 homens e 11 mulheres entre os 70 e os 79 anos e 36 homens e 49 mulheres (acima dos 80 anos).
No total, perderam a vida em 24 horas 77 homens e 72 mulheres, com diagnóstico positivo para a Covid-19.
Há mais de um mês que número de casos ativos não era tão baixo. Cai pelo 13.º dia consecutivo
É preciso recuar a 10 de janeiro para encontrar um número total de casos ativos mais baixo que o que o boletim deste sábado reporta. Eram, a 10 de janeiro, 106.778 as pessoas infetadas com a Covid-19. Este sábado são 10.7371 os portugueses ainda infetados com a doença.
O número de casos ativos tem caído consecutivamente desde o início do mês. Significa isso que o número de infeções confirmadas não é superior ao de recuperados e mortos. Desde dia 1 de fevereiro recuperaram da doença 74.252 portugueses.
Desde março de 2020, quando foi detetado o primeiro caso de infeção em Portugal já foram infetadas 784.079 pessoas, tendo 15.183 morrido e 661.525 sido consideradas recuperadas da doença.
Este mês já se contam 63.563 novos casos confirmados, 2.701 mortes e 135.114 doentes considerados recuperados pelas autoridades de saúde. Ainda assim, mantêm-se sob vigilância 143.173 pessoas mais 35.802 que os casos ativos confirmados.
Número de casos a um sábado não era tão baixo desde dia 17 de outubro
Excluindo o dia 26 de dezembro, quando foram registadas 1.214 novas infeções em plena quadra natalícia e com os laboratórios a realizar um número de testes bastante inferior à média, desde 17 de outubro que não havia um sábado com tão poucos casos.
A 17 de outubro, antes da subida do número de casos que caracterizou a segunda vaga, o boletim reportava 2.153 novos casos (menos 703 que hoje). Desde então todos os boletins divulgados pela DGS ao sábado reportavam um número total de casos mais elevado.