Simon Bowes-Lyon, sobrinho bisneto da rainha mãe e primo em terceiro grau da rainha Isabel II, foi esta terça-feira condenado a 10 meses de prisão por abuso sexual. O episódio aconteceu em fevereiro do ano passado, quando Simon, de 34 anos, agrediu sexualmente uma mulher de 26 anos que estava hospedada na sua casa ancestral, o Castelo Glamis, na Escócia, onde a princesa Margarida nasceu.

De acordo com a imprensa britânica, o ataque de 20 minutos aconteceu no quarto da vítima, após um evento realizado na propriedade do aristocrata. Simon, que antes da condenação declarou-se culpado, tentou retirar a camisa de noite que a mulher usava e tocou-a de forma inapropriada, afirmando que queria ter um caso com ela. A mulher, segundo o que foi dito em tribunal, ficou com tanto medo do sucedido que, após o ataque, trancou-se no quarto e encostou uma cadeira à porta para bloquear ainda mais a passagem. Na manhã seguinte, acrescenta o Daily Mail, fugiu da propriedade e reportou o incidente às autoridades.

Um ano depois, a mulher cuja identidade não é revelada por motivos legais continua a ter pesadelos com o ataque, durante o qual protestou repetidas vezes. Simon, que caminhou atrás do príncipe William no funeral da rainha mãe quando tinha apenas 15 anos — o pai, Michael Bowes-Lyon, que morreu em 2016, era sobrinho-neto da monarca —, admitiu ter empurrado repetidamente a vítima para a cama e ter tentado remover-lhe a camisa de noite.

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Na noite do ataque, Simon Bowes-Lyon, 19.º e 6.º conde de Strathmore e de Kinghorne, respetivamente, tinha estado a beber até à 1h20. A vítima já estava a dormir quando este bateu à porta alegando ter um assunto importante a discutir. Mesmo após a vítima ter garantido que Simon tinha saído do quarto, este ainda tentou forçar a entrada uma segunda vez.

Num comunicado, emitido no mês passado, Bowes-Lyon pede desculpa e diz estar profundamente envergonhado pelas ações que causaram “tanta angústia” a uma convidada na sua casa. No mesmo, admite que “bebeu em excesso”, ainda que o álcool “não sirva de desculpas” para o que aconteceu. Diz ainda que não pensava ser capaz de se comportar daquela forma e que no ano que passou tem procurado ajuda profissional.

Em 2019, Simon Bowes-Lyon chegou a ser considerado pela revista Tatler um dos solteiros mais cobiçados no Reino Unido. Agora, o nome do aristocrata britânico vai ficar gravado no registo de agressores sexuais do Reino Unido durante 10 anos.