Há em Portugal cerca de 15 mil pessoas e 198 empresas que, segundo o Jornal de Notícias, não podem ir à loja do cidadão, ter uma consulta no Serviço Nacional de Saúde ou pagar faturas sem correrem o risco de serem detetados e detidos pelas autoridades — ao evitarem as notificações judiciais, vivem à margem da lei.

A lista de contumazes — assim se chama quem é procurado pela Justiça por estar desaparecido — inclui 7.900 homens, 1.401 mulheres e outras 5.665 pessoas em que os tribunais não comunicaram o género. Em causa estão, na maioria dos casos, crimes por condução sem carta ou sob efeito de álcool, mas também furtos, falsificação de documentos ou burla qualificada. A maior parte dos casos tem lugar em Lisboa, Porto e Coimbra.

Em todo o caso, há cada vez menos pessoas nessa circunstância, pelo que as novas declarações de contumácia têm vindo a baixar desde 2011. O JN indica que há não só mais pessoas a responder à Justiça, como a eficácia das autoridades também tem aumentado.

O JN conta ainda a história de um contumaz que fugiu à Justiça durante 24 anos, até ser detido em Lousada, em 2019. Segundo as autoridades, o suspeito, de 55 anos, que chegou a fazer parte da lista de procurados da Interpol e da Europol, liderava uma rede que roubava carros em Portugal para serem exportados com destino a África.

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