O Tribunal Judicial de Lisboa vai arrestar 1,5 milhões de euros em dinheiro, quatro imóveis, obras de arte, contas e ativos bancários a João Rendeiro, o ex-presidente do Banco Privado Português (BPP) condenado a 10 anos de prisão por ter desviado dinheiro daquela instituição em benefício próprio.

O acórdão do juízo central criminal, a que o Correio da Manhã teve acesso ,revela que a apreensão destes bens e do montante em causa pretende garantir a indemnização ao Estado e ao banco. Em causa estão contas e ativos de João Rendeiro e da mulher no Santander Totta, BES/Novo Banco, BPI, Banif, BCP, BPP e sociedades offshore.

Além disso, uma vivenda e um terreno na Quinta Patino (Cascais), um apartamento em Lisboa e outro em Paço de Arcos, assim como obras de arte e 68 mil euros em notas de 500 também ficarão arrestados. João Rendeiro foi acusado de ter desviado em benefício próprio 13,67 milhões do BPP.

Três ex-administradores também foram condenados a pena de prisão efetiva pelos crimes de fraude fiscal qualificada, abuso de confiança qualificada e branqueamento de capitais. Salvador Fezas Vital e Paulo Guichard cumprirão nove anos e seis meses de cadeia, Fernando Lima seis. Este foi um processo autónomo do principal que envolve o Banco Privado Português e é passível de recurso.

O tribunal deu como provado que João Rendeiro e os três administradores prejudicaram o banco em mais de 31 milhões de euros entre 2003 e 2008. Em conjunto terão de pagar uma indemnização civil ao BPP de 29.539.629,08 euros; e cada um deve pagar juros de mora ao Estado por fuga aos impostos. Em causa estão 4,9 milhões de euros por parte de João Rendeiro, mais 3,3 milhões de euros de Fezas Vital, 1,05 milhões de euros de Paulo Guichard e quase 350 mil euros de Fernando Lima.

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