A Polícia de Segurança Pública (PSP) e a Polícia Municipal reuniram-se esta terça-feira para apresentar o plano de operações para as celebrações dos Santos Populares em Lisboa, após a Câmara Municipal de Lisboa ter proibido os arraiais. Considerado um “evento de alto risco”, vai haver uma forte operação policial nos bairros lisboetas durante o fim de semana.

Arraiais proibidos em Lisboa. Medina diz que PSP e Polícia Municipal estarão atentas ao incumprimento das regras

De acordo com o comissário Brissos dos Santos, haverá normas para “evitar os ajuntamentos” e também se procederá à “sensibilização das regras” instituídas pela Direção-Geral da Saúde (DGS). Os fogareiros na via pública serão proibidos e o comissário salienta que “as pessoas podem sair”, mas “não devem permanecer na via pública” quando, por exemplo, saem de um restaurante.

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Já Domingos Antunes, do Comando Metropolitano de Lisboa (Cometlis) da PSP, alertou que “a partir de amanhã [esta quarta-feira] a polícia vai estar no terreno até domingo” e promete um “forte empenho policial”, principalmente num eixo “que habitualmente está conectado com as festividades” — o Bairro Alto, o Cais do Sodré e a Avenida 24 de julho.

Nestes locais, juntamente com alguns bairros como o da Madragoa e Alfama, haverá um “controlo de acesso” e uma “limitação rodoviária e pedonal”. A PSP desaconselha a que as pessoas se desloquem ao “coração da cidade” no fim de semana, estando previstas “fortes restrições” a partir das 19 horas de sábado. O acesso a algumas zonas de grande afluência será condicionado com grades e fitas e também haverá a delimitação de miradouros, lugares onde normalmente se juntam muitas pessoas.

Adicionalmente, a PSP adverte para a existência de uma operação STOP na Avenida 24 de julho na madrugada de sábado para domingo e também que vai levar a cabo uma “fiscalização preventiva” a vários estabelecimentos como restaurantes e bares, de maneira a “dar uma função pedagógica a todos os operadores económicos”.

Todas estas medidas servem para evitar haja um aumento de casos na zona de Lisboa, registado pelo menos desde 30 de abril, refere António Silva, comissário da Polícia Municipal. “Faremos de tudo para que Lisboa não retroceda no desconfinamento”, afirmou.

Para isso, Domingos Antunes pede também um “esforço” por parte dos cidadãos e que não pode apenas ser “imputado à polícia”. “Tem de envolver e exige a colaboração de todos”, assinala, apelando a que as pessoas “evitem sair das suas casas e para não procurarem locais em que se reúnam muitas pessoas”.