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Seleção vai enfrentar temperaturas de 32ºC em Sevilha, mas está mais preparada para o calor do que os belgas. Como se recuperam os jogadores?

Este artigo tem mais de 2 anos

Onda de calor a atingir a zona central da Europa vai elevar os termómetros perto dos 35ºC este fim de semana. Seleção terá de beber mais água e repor sais. Mas belgas estão em desvantagem.

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Cristiano Ronaldo refresca-se durante o jogo contra França esta quarta-feira

AFP via Getty Images

Cristiano Ronaldo refresca-se durante o jogo contra França esta quarta-feira

AFP via Getty Images

A seleção portuguesa vai estar sujeita a temperaturas na ordem dos 35ºC no próximo domingo, quando enfrentar a Bélgica no Estádio Olímpico de La Cartuja, na cidade espanhola de Sevilha. As previsões meteorológicas indicam muito calor para a cidade da Andalúzia durante o dia… e à  noite. Porque, às 20h00, quando a equipa nacional entrar em campo, os termómetros ainda vão assinalar 32ºC. Noventa minutos depois, a temperatura ainda não terá baixado.

A primeira partida da seleção, jogada na terça-feira passada, já tinha ocorrido numa Budapeste sob temperaturas acima dos 30ºC. O encontro contra a Alemanha em Berlim também obrigou a paragens para refrescar os jogadores, previstas nestes Europeu pela primeira vez; e o jogo desta quarta-feira, de regresso à capital húngara, aconteceu com um aviso laranja de “temperaturas extremamente altas” e outro de trovoada, que se manterão ativos pelo menos até às 23h59 de sexta-feira.

Aliás, grande parte dos encontros do Euro 2020 tem sido marcado pelas altas temperaturas que estão a atingir a região central do continente, naquela que é a primeira onda de calor a atingir a Europa e a empurrar o mercúrio dos termómetros muito acima dos 30ºC (mais do que se faz sentir em Portugal). É por causa dessas temperaturas que muitos jogos sofrem breves interrupções (compensadas depois nos prolongamentos) para que os atletas possam beber água.

Embora o calor seja uma dificuldade para todos os atletas em campo no próximo domingo, os belgas estão em desvantagem em relação aos portugueses. Ao Observador, João Pereira de Almeida, chefe de serviço de patologia clínica do Centro Hospitalar Lisboa Central e clínico oficial em sete edições dos Jogos Olímpicos, explica que os atletas de países com climas quentes tendem a estar mais preparados para enfrentar o calor durante os jogos. Isso contradiz  o próprio Fernando Santos, que, no final do empate com a França que garantiu o apuramento para os oitavos, falou de os portugueses terem ficados desfavorecidos por irem jogar com menos 48 horas de descanso que a seleção da Bélgica e sob altas temperaturas: “Desvantagem, não, mas claro que o descanso é importante e vamos ter de atenuar essa diferença de 48 horas, recuperar bem os jogadores. 48 horas de diferença, com temperaturas de 30 e poucos graus, faz diferença, claro…”

Águas e bebidas com sais para compensar a desidratação

Quando o termómetro não dá tréguas durante os jogos, acontecem três coisas: o corpo sua mais, as quantidades de enzimas no organismo desequilibram-se, o que compromete o funcionamento do metabolismo e torna a respiração mais difícil. Neste caso, a primeira coisa a fazer é beber mais água para compensar a perda de líquidos durante a sudação — daí as pausas para hidratação durante as partidas. Depois, ao intervalo, é preciso diminuir a temperatura do corpo para contrariar a desidratação.

No entanto, e como o organismo não expele apenas água quando sua, também é necessário recuperar os sais perdidos: ferro, magnésio, sódio, potássio e iodo, tudo químicos que podem ser recuperados através da alimentação e de bebidas isotónicas — líquidos que têm a mesma concentração de sais e açúcar que o organismo e que costumam ser consumidos pelos desportistas de alta performance.

Este é um passo essencial porque “nós funcionamos a metais”, descreve João Pereira de Almeida: “As reações químicas mais essenciais do corpo humano funcionam quando uns sais entram nas células e outros entram. Sem eles, o funcionamento das nossas células fica comprometido”. O sódio, por exemplo, é responsável pelo funcionamento das células nervosas, pelo trabalho dos músculos e por manter a quantidade certa de água dentro e fora das células. O potássio regula os sinais nervosos e as contrações muscular.

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Recuperação ativa e sono de qualidade chegam para jogar 3 dias depois

Mas tão importante quanto a hidratação para os atletas de alto desempenho é o descanso. O clínico, especialista em medicina desportiva, já tinha explicado ao Observador que é durante o sono que o cérebro é reprogramado para armazenar a informação recolhida ao longo do dia. A seleção nacional queixa-se de ter menos descanso em comparação com a Bélgica, mas João Pereira de Almeida acredita que três dias de intervalo entre jogos são suficientes para recuperar forças para a partida seguinte.

Além de um sono de qualidade, a solução está numa estratégia de descanso chamada “recuperação ativa”, em que os atletas praticam exercícios físicos aeróbicos — os que usam oxigénio para gerar energia nos músculos —, mas leves, para levarem mais oxigénio às células. Pedalar é um dos melhores exercícios para a recuperação ativa, por isso é que a seleção nacional o fez após os jogos contra a Hungria e Alemanha (nas bicicletas estáticas). Mas caminhar (outra prática comum da equipa em vésperas de jogos, que faz sempre um passeio ), nadar e dançar são outras possibilidades.

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