Os responsáveis pelo atentado em Bagdad preparavam novos ataques para o feriado de Eid-al-Adha, a Festa do Sacrifício, revelou o Ministério do Interior iraquiano, que este domingo divulgou imagens de cinco suspeitos presos, três dos quais irmãos.

As forças de segurança iraquianas desmantelaram “duas redes terroristas nas províncias de Anbar (Oeste) e Kirkuk (Norte), responsáveis pelo ataque de 19 de julho em Sadr City”, um bairro xiita no leste de Bagdad, anunciou o ministério num comunicado em que acrescenta que os mesmos responsáveis “planeavam novos ataques em outras áreas [da cidade] e noutras províncias durante o Eid”.

O primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al-Kazimi, tinha já anunciado, no sábado, a prisão dos responsáveis pelo ataque reivindicado pelo ISIS, que matou 30 pessoas num mercado popular frequentado por um elevado número de famílias, na véspera do importante feriado muçulmano.

Segundo a agência France-Presse, a televisão iraquiana transmitiu durante a noite as “confissões” dos cinco suspeitos, incluindo três irmãos, vestidos com macacões amarelos.

O anúncio do desmantelamento da célula foi feito um dia antes de Kazimi partir para Washington, onde será recebido na segunda-feira, pela primeira vez pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para discutir a retirada dos soldados americanos do Iraque.

Cerca de 2.500 soldados americanos foram destacados para ajudar as forças iraquianas na luta contra o ISIS.

A organização ‘jihadista’, que controlou grande parte do território iraquiano entre 2014 e 2017, foi oficialmente derrotada, mas há ainda ‘células adormecidas’ nas montanhas e regiões desérticas que realizam ataques ocasionais.

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