Nos primeiros sete meses deste ano morreram 58 pessoas vítimas de afogamento, 28 das quais só nos últimos dois meses (11 só em julho), noticia o Jornal de Notícias esta quinta-feira, revelando que a maioria dos acidentes decorreram em rios.

Em comparação com outros anos, os números de janeiro a julho deste ano já ultrapassaram os registados no ano todo de 2019, com 50 mortes, segundo dados do Observatório do Afogamento da Federação Portuguesa de Nadadores Salvadores. No ano de 2018 registaram-se 62 mortes e outras 79 em 2020.

Os dados do Observatório apontam que entre 1 de janeiro e 30 de junho deste ano morreram 46 pessoas, ainda que a maioria morreu afogada nos rios (21 mortes, 46%), enquanto que no mar é menos de metade do valor (nove mortes, 20%). As restantes mortes neste período aconteceram em poços, piscinas privadas, barragens, tanques e em fossas. Grande parte destas mortes por afogamento é registada em Lisboa, seguida pelo Porto, Faro e depois Viana do Castelo, sendo que a grande maioria dos acidentes dá-se durante o período da tarde.

Ainda esta semana foram registadas mais três mortes por afogamento, uma na segunda-feira, depois de o corpo de um homem ter sido encontrado já sem vida no rio Pinhão, no distrito de Vila Real, junto ao local onde desagua no rio Douro. Só na quarta-feira, registaram-se outras duas mortes, o caso de uma criança de 12 anos que se afogou num açude no rio Arunca, na cidade de Pombal, e o caso de um homem de 37 anos, desaparecido desde segunda-feira na albufeira de Queimadela, em Fafe, cujo corpo foi encontrado na quarta de manhã.

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