O preço dos automóveis tende a aumentar com alguma regularidade, o que se por um lado é sempre má notícia para os potenciais clientes, por outro, é algo que tem uma explicação lógica. A necessidade de continuamente respeitar regulações de emissões mais restritivas, bem como de obedecer a normas de segurança mais exigentes, com sistemas de ajuda à condução mais sofisticados, obriga os preços a subir. Mas por uma boa causa.

Mais difícil de perceber são os motivos que conduziram a um aumento do preço das peças de substituição, aquelas que são utilizadas na reparação dos veículos que tiveram acidentes, avarias ou que, pura e simplesmente, se vêem obrigados a mudar peças de desgaste. De acordo com a associação das seguradoras alemãs, desde 2013, o preço médio das peças para automóveis aumentou uns expressivos 44%, muito mais do que o incremento dos automóveis no mesmo período.

Parte da explicação para esta dispendiosa realidade prende-se com o facto de, segundo as mencionadas seguradoras, o mercado das peças estar na mão de um quase monopólio, em que um pequeno número de empresas controla a maior parte do negócio. Como se isto não bastasse, as seguradoras queixam-se cada vez mais que as marcas patenteiam algumas das suas peças, obrigando as oficinas de reparação a ter de recorrer ao material oficial, em vez das mais acessíveis peças de “linha branca”. De acordo com o Automobilwoche, o preço destes componentes tem aumentado, em média, à razão de 6% ao ano, com peças como a grelha do radiador, por exemplo, a custar mais 9%.

Estes aumentos do preço das peças de substituição explica a outra conclusão das seguradoras, relacionada com o incremento do preço das reparações. Segundo elas, uma reparação que custava 700€ em 2013, obrigava o proprietário do veículo a suportar 3100€ em 2020.

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