Cristiano Ronaldo, João Moutinho, Luís Figo, Pepe, Nani e Fernando Couto. Até esta terça-feira, só seis jogadores tinham chegado à barreira das 100 internacionalizações pela Seleção Nacional. Bruno Alves ficou pelas 96, Rui Costa cumpriu 94, Ricardo Carvalho não passou das 89 — contra o Luxemburgo, Rui Patrício deixou Alves, Costa e Carvalho para trás, juntou-se a Ronaldo, Moutinho, Figo, Pepe, Nani e Couto e tornou-se centenário por Portugal.

Sobre-humano, imparável, como o vinho do Porto. Mas Ronaldo foi para casa a sonhar com aquela bicicleta (a crónica do Portugal-Luxemburgo)

Nessas 100 internacionalizações, o guarda-redes da Roma leva 98 partidas a titular, 84 golos sofridos, 48 encontros em que não concedeu, participações em dois Mundiais e quatro Europeus e a conquista do Euro 2016 e da Liga das Nações em 2019. Para além de se juntar ao restrito grupo centenário na Seleção, Rui Patrício ainda integrou o lote de guardiões que fizeram 100 ou mais jogos pelos respetivos países — e onde se incluem Buffon, Casillas, Lloris, van der Sar e Peter Schmeichel.

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Com a goleada frente ao Luxemburgo, Portugal chegou à quinta vitória consecutiva, tendo vencido todos os jogos desde o Euro 2020, e mantém-se em boa posição para garantir o apuramento direto para o Mundial 2022 — sendo que, com estes três pontos, já assegurou pelo menos um lugar no playoff de acesso à competição. Mais do que isso, nas últimas quatro partidas, a Seleção marcou sempre pelo menos três golos, afastando o caráter perdulário e pouco eficaz que tinha ficado patente no Europeu.

Na flash interview, Fernando Santos defendeu que “o último jogo do grupo vai ser decisivo”. “Em qualquer circunstância. Mesmo se ganharmos o próximo [contra a Irlanda], a única coisa diferente é que passamos a depender de dois resultados para a Sérvia. Mas não podemos pensar assim. Nenhuma equipa está fora antes do último jogo”, explicou o selecionador, deixando depois uma análise à goleada frente ao Luxemburgo.

“Eles tentaram jogar logo nos primeiros minutos, estávamos preparados para isso e se estivéssemos bem equilibrados íamos criar-lhes muitas dificuldades. Portugal fez isso muito bem. Nos primeiros 20 minutos, de forma excelente. Eles sempre a tentarem, no risco, e nós aproveitámos essas situações para transformar em ocasiões de golo. Depois passámos a jogar muito à pressa em vez de ser depressa, a querer chegar lá muito rápido, com um, dois toques. Podíamos ter feito mais golos na primeira parte e permitimos ao Luxemburgo ter mais bola. Na segunda parte entrámos muito bem outra vez. Sempre que estivemos equilibrados, criávamos situações. O Luxemburgo é uma equipa que quer jogar mas nós não permitimos que isso acontecesse”, terminou Fernando Santos.