As autoridades que estão a investigar o caso de Alec Baldwin deram uma conferência de imprensa esta quarta-feira para dar mais informações sobre os contornos dos disparos do ator norte-americano que acabaram por vitimar a diretora de fotografia, Halyna Hutchins e ferir o realizador do filme “Rust”, Joel Souza.

O xerife de Santa Fe não afastou, para já, qualquer cenário: nem o de um eventual crime premeditado, nem de uma alegada negligência. “Estamos a trabalhar diligentemente para conseguir inquirir as cerca de 90 pessoas que estavam no set“, garante, acrescentando que já foram recolhidas várias provas, entre as quais três armas de fogo, mais de 500 munições (algumas das quais balas reais) e roupas. Além disso, Alan Mendonza revelou que as balas que atingiram as duas vítimas estão a ser analisadas por um laboratório forense.

Realizador e membro da produção não têm certeza se arma disparada por Alec Baldwin foi verificada

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Entre as provas, o xerife “acredita” que a polícia tem em sua posse “a arma de fogo que foi disparada” por Alec Baldwin, que se tratará de um revólver Pietta 45. Sinalizou ainda que os elementos da equipa técnica que entregaram a arma também já foram inquiridos e que também o assistente de realização está a colaborar no caso. Face às denúncias que dão conta de que Dave Halls já fora despedido da rodagem de um filme após um acidente idêntico, Alan Mendonza frisa que está a tomar esse facto “em consideração”.

Assistente de realização do filme “Rust” já tinha sido despedido das gravações de um filme em 2019 após acidente com arma

O que parece certo, para o xerife, é que “a arma foi entregue a Alec Baldwin. A arma estava a funcionar e disparou com uma bala verdadeira matando Halyna Hutchins e ferindo Joel Souza”. Alan Mendonza também garantiu que foi o ator que disparou o revólver. Ainda ninguém foi formalmente acusado, divulgou Alan Mendonza, que não rejeita, no entanto, a possibilidade de haver “detenções”.

Em resposta aos jornalistas, o xerife disse ainda ter conhecimento dos relatos que incidem sobre os disparos antes do acidente no set do filme “Rust”. E não nega que os atores e equipa técnica do filme possam ter estado embriagados durante as filmagens, como denunciaram testemunhas. Contudo, realçou que ainda “é demasiado cedo na investigação”, que decerto que “vai continuar” nos próximos tempos.

A procuradora Mary Carmack-Altwies corroborou as palavras do xerife, assegurando que está a ser realizada uma “investigação completa” sobre o que aconteceu no set. “Se os factos e a lei apoiarem uma futura acusação, eu iniciarei as diligencias a partir daí”, afirmou, indicando ser “uma procuradora conhecida por não fazer decisões precipitadas”.