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“Ficou uma porta aberta para uma sexta temporada de ‘La Casa de Papel’? A resposta é não”

Este artigo tem mais de 2 anos

Regresso? Nunca. Spinoffs? Talvez. Elenco e produção fizeram uma conferência de imprensa virtual antes da estreia dos últimos cinco episódios, que ficam disponíveis na sexta-feira, 3 de dezembro.

Miguel Herrán (Rio) e Jaime Lorente (Denver), dois dos nomes mais populares de toda a série
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Miguel Herrán (Rio) e Jaime Lorente (Denver), dois dos nomes mais populares de toda a série

Tamara Arranz Ramos

Miguel Herrán (Rio) e Jaime Lorente (Denver), dois dos nomes mais populares de toda a série

Tamara Arranz Ramos

A dois dias da estreia, as informações sobre os últimos episódios de “La Casa de Papel” são quase inexistentes. Houve um cuidado redobrado para que não escapassem spoilers e nem os jornalistas tiveram direito a ver os capítulos, como costuma acontecer para que seja possível escrever as críticas. Na conferência de imprensa que esta terça-feira, 30 de novembro, reuniu meios de comunicação do mundo inteiro, o isco ainda foi lançado a Najwa Nimri — a atriz que interpreta Alicia Sierra é conhecida por falar sempre demasiado — mas os olhares matadores que recebeu dos colegas travaram-na a tempo.

Úrsula Corberó preferiu não ver nada do resultado final para não cometer erros, ela, que é Tóquio, uma das personagens mais icónicas desde o início. A experiência continua a ser emotiva para a atriz. Quando as duas primeiras temporadas chegaram ao fim no canal espanhol Antena 3, em 2017, Corberó (e basicamente toda a gente) achou que era a morte do projeto. Foi ao camarim e levou tudo o que podia para casa. Apareceu então o gigante mundial do streaming e “La Casa de Papel” renasceu. Desta vez, com o fim definitivo, a atriz já não tinha grande coisa para levar dos estúdios — a não ser um colar de diamantes da Bvlgari. Mas, se alguém lho pedir de volta, ela jura que devolve.

O elenco principal de “La Casa de Papel” juntou-se em Madrid, Espanha, para falar com os jornalistas. Úrsula Corberó (Tóquio), Álvaro Morte (Professor), Pedro Alonso (Berlim), Najwa Nimri (Alicia Sierra), Miguel Herrán (Rio), Jaime Lorente (Denver), Esther Acebo (Estocolmo), Darko Peric (Helsínquia), Hovik Keuchkerian (Bogotá), Enrique Arte (Arturo) e Belén Cuesta (Manila) contiveram-se muito nas explicações. Podem ficar descansados, caros leitores: ninguém vai sair deste texto a saber uma vírgula a mais sobre o assalto ao Banco de Espanha. O que o Observador conseguiu descobrir foi que, depois destes cinco capítulos, não há continuação possível, palavra de Jesús Colmenar, um dos produtores. Quanto a possíveis spinoffs, nem ele, nem o criador da história, Álex Pina, dizem que não.

[o trailer do segundo volume da quinta parte de “La Casa de Papel”:]

Faltam cinco episódios para a história chegar ao fim. O que há de diferente neste último volume?
Esther Martínez [guionista]: Estamos a terminar esta longa jornada muito emotiva e cheia de aventura. Por um lado, tivemos esse desafio de compilar as histórias das personagens, os sentimentos, as emoções. Por outro, nós, os produtores e argumentistas, precisávamos de fechar com grande afeto uma narrativa empolgante. Há piscadelas de olho às histórias internas e à forma como a série começou. Há algumas situações que podem ser vistas de novo e as personagens lembram-se do ponto em que começaram.

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Álex Pina: É basicamente isso. É um volume muito orgânico e robusto. Muitas das sequências de que mais gostei estão neste volume. Fomos buscar alguns elementos que fazem parte da mitologia da série. Levar o Professor para a rua é como tirar a rainha dos seus aposentos. Brincar com o Professor na rua é muito poderoso. Há adrenalina e twists, mas de um ponto de vista emocional este final está muito equilibrado. Quando as pessoas chegarem ao último vão pensar: como é que eles vão sair disto?

Este é mesmo o fim de “La Casa de Papel” ou há a possibilidade de spinoffs?
Álex Pina:
Ainda hoje pensei que há exatamente cinco anos estávamos a escrever o episódio piloto e vejam onde estamos agora. Tornou-se um monstro, somos enormes fãs deste monstro e não conseguimos explicar muitas das coisas que aconteceram. Em relação ao que vem a seguir, estamos a pensar mas, para já, são ideias soltas no ar. Não posso dar uma resposta hoje.

Jesús Colmenar: Eu posso dar uma resposta hoje. O final de “La Casa de Papel” é o fim de “La Casa de Papel”. Se a pergunta é se deixamos uma porta aberta para uma sexta ou sétima temporadas, a resposta é não. A história chega ao pico aqui. Em relação a projetos alternativos ou a spinoffs, isso é uma questão diferente.

A Najwa [Nimri, a inspetora Alicia Sierra na série] é sempre a mais honesta. Qual é a sua opinião sobre o final?
Najwa Nimri:
Com sincera quer dizer que eu costumo deixar escapar spoilers, certo? É verdade que costumo falar demasiado. Aliás, o Jesús acabou de se virar para mim com medo que eu conte tudo. Vou dar a minha opinião sem contar nada. Recebi os episódios e adorei-os, foi a melhor coisa que alguma vez vi. Foi tão complicado resolver algumas coisas. Reparem como está toda a gente a olhar para mim, à espera que eu faça asneira. Não posso dizer nada, certo? Só posso dizer que adorei. Só isso.

Jaime [Lorente, que é Denver], que efeito é que acha que este final vai ter nas pessoas que são fãs desde o início?
Jaime Lorente:
Espero que gostem mas não sei dizer. Acho que vai haver uma histeria coletiva, as pessoas talvez saiam à rua. Falei com o Álex sobre o final e disse: ninguém vai gostar, porque ninguém quer ver acabar uma coisa de que gosta.

Darko Peric [que interpreta Helsínquia]: Conheci um tipo em Paris que viu a série 15 vezes. É um enorme fã, aprendeu espanhol com o Helsínquia.

Enrique [Arce, o ator que é Arturo], do que vai sentir mais falta nesta personagem que esteve consigo tantos anos?
Enrique Arce:
Diverti-me imenso, na verdade. No final da primeira e segunda temporadas, parei de lutar contra o facto de ser o saco de pancada de toda a gente. Passei a ver o Arturo do exterior, nunca o levo muito a sério e sinto falta de me divertir assim. [Levo] os momentos épicos com o Jesús, eu pensava sempre: meu Deus, o que acabámos de fazer? Isto é tão diferente do que estava no guião. Não vou sentir falta, por outro lado, de todos os socos que recebi. Mas estou muito agradecido por estar aqui.

Álvaro Morte é o "Professor": "Além do fenómeno, acho que vou sobretudo lembrar-me do trabalho do dia a dia e do guião incrível, mas difícil de interpretar. Fomos capazes de elevar o trabalho de todos"

MANOLO PAVÓN/NETFLIX

E a Úrsula [Tóquio], estava à espera daquele final para a sua personagem?
Úrsula Corberó:
Foi duro mas estou muito contente com o final da Tóquio. Não sei se devo dizer mas parte de mim queria que isto acontecesse. Há algo poético no facto de ela dizer que podemos viver diferentes vidas. Sinto que foi assim desde o início, quando ela se cruzou com o Professor renasceu de certa forma. Se viram o documentário, perceberam que estou um caco o tempo todo. Demorei um bocado para recuperar e há dias em que ainda me vou abaixo. Há algo no nosso subconsciente quando ainda estamos a fazer conferências de imprensa e alguns eventos que não nos deixa fechar por completo a história.

Pedro [Alonso, que interpreta Berlim], na primeira parte desta temporada há cenas na Dinamarca. O Pedro estava isolado do restante grupo. Faz parte da história mas não está a usar o macacão, não está preso com os outros. A experiência foi diferente das outras temporadas?
Pedro Alonso:
Quando falámos de trazer esta personagem de volta, o meu medo era perder a ação porque esta personagem é perita em abrir a porta e criar o caos. O Berlim é como uma Matrioska, há uma personagem dentro de uma personagem, que está dentro de outra personagem e por aí fora. Quando estávamos todos limpos e bem vestidos [para as cenas de] Copenhaga e os víamos sujos nos corredores, pensava que sentia falta daquilo mas não era assim tão mau.

Que memórias vão guardar no futuro quando olharem para trás? E que recordações levaram para casa?
Úrsula Corberó:
Levei tudo na primeira e na segunda temporadas porque achava que era o fim. Lembro-me de acabarmos muito tarde e fui ao camarim e levei uma data de coisas. Na quinta temporada levei tudo outra vez, até um colar Bvlgary com diamantes. Ninguém o pediu de volta. Se me pedirem para devolver, devolvo.

Belén Cuesta [Manila na história]: Eu não roubei nada porque fui a última a chegar. Queria que voltassem a chamar-me.

Hovik Keuchkerian [Bogotá]: Não costumo guardar memorabilia, não sou um acumulador, mas tenho um baú dourado em casa com o macacão, que a equipa teve de alterar porque eu estava a engordar um bocado, e a máscara.

Esther Acebo [Estocolmo]: Acho que vamos olhar para as coisas de maneira diferente com o tempo. Temo-nos despedido passo a passo mas continuamos muito envolvidos. Espero que daqui a uns anos consigamos perceber que estivemos no meio deste turbilhão. Tal como o Hovik, também levei um baú e chorei em cima dele. Levei o macacão vermelho, o primeiro de todos.

Álvaro Morte [o Professor]: Tem sido uma longa jornada e uma alegria. O Professor deu-me muito e trabalhei com pessoas espetaculares. Além do fenómeno, acho que vou sobretudo lembrar-me do trabalho do dia a dia e do guião incrível, mas difícil de interpretar. Fomos capazes de elevar o trabalho de todos.

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