Meghan Markle venceu o processo que tinha contra a Associated Newspapers por um dos seus jornais — o MailOnline — publicar artigos nos quais são reproduzidas partes de uma carta que escreveu ao pai. Este caso já tinha tido um veredicto a favor da duquesa de Sussex em fevereiro, mas a empresa de comunicação social recorreu no passado mês de novembro. Esta quinta-feira, o Tribunal de Recurso decidiu novamente a favor da duquesa, segundo o jornal Telegraph.

A decisão foi conhecida às 10 horas da manhã desta quinta-feira, com os três juízes seniores a darem razão a Meghan. O Telegraph cita o juiz Sir Geofrey Vos, que num resumo da decisão do tribunal, diz que este decidiu manter o veredito anterior. “Aqueles conteúdos eram pessoais, privados e não eram assunto legítimo de interesse público”, e acrescenta “Os artigos no Mail on Sunday interferiram com a expectativa razoável de privacidade da duquesa e não foram um meio justificável ou proporcional de corrigir as incoerências sobre a carta.”

Isto é uma vitória, não apenas para mim, mas para todas as pessoas que alguma vez sentiram medo de defender o que é correto”, reagiu entretanto a duquesa, numa declaração citada a Sky News na qual se pode ler ainda: “Embora esta vitória abra um precedente, o que importa é que agora somos, coletivamente, corajosos o suficiente para transformar uma indústria de tabloide que condiciona as pessoas a serem cruéis e que lucra com as mentiras e feridas que eles próprios criam.”

Meghan diz ainda que “quanto mais eles arrastassem isto, mais poderiam distorcer factos e manipular o público (mesmo durante o próprio recurso),tornando um caso simples em extraordinariamente complexo com o objetivo de criar mais manchetes e vender mais jornais — um modelo que recompensa o caos em vez da verdade.”

O caso teve como ponto de partida a publicação em cinco artigos de várias partes de uma carta pessoal que Meghan escreveu ao pai em agosto de 2018. A duquesa ganhou o caso no início deste ano, quando um juiz do Supremo Tribunal decidiu em seu favor, evitando assim um julgamento. Contudo, no passado mês de novembro a Associated Newspapers pediu um recurso e argumentou que o caso deveria ir a tribunal.

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