794kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

O mítico Solar dos Presuntos abriu portas no ano do 25 de Abril pelas mãos de Evaristo Cardoso, da sua mulher e do seu irmão
i

O mítico Solar dos Presuntos abriu portas no ano do 25 de Abril pelas mãos de Evaristo Cardoso, da sua mulher e do seu irmão

O mítico Solar dos Presuntos abriu portas no ano do 25 de Abril pelas mãos de Evaristo Cardoso, da sua mulher e do seu irmão

Da primeira hamburgueria de Portugal ao Rei do Choco Frito: 7 restaurantes que abriram no ano da liberdade

Assim como o 25 de Abril, são vários os restaurantes que celebram 50 anos em 2024. Reunimos sete que abriram portas em Lisboa, Setúbal e no Porto em 1974 e que se mantêm em atividade.

    Índice

    Índice

Solar dos Presuntos

R. das Portas de Santo Antão 150, 1150-269 Lisboa. Aberto de segunda-feira a sábado das 12h00 às 15h30 e das 18h30 às 23h00.

É histórico em Lisboa e abriu portas pelas mãos de Evaristo Cardoso no ano da Liberdade. Natural de Monção, aquele que é considerado um dos embaixadores da gastronomia nacional veio parar à Rua das Portas de Santo Antão anos antes de o Solar dos Presuntos sequer existir — ou de estar nos planos. De uma funerária da sua terra natal passou a trabalhar na cervejaria Sol Mar, em 1954, naquela mesma rua, e aos 17 anos já era gerente da Berlenga. Mas, foi em 1974 que surgiu a oportunidade de adquirir aquele que é hoje o espaço deste mítico restaurante. Arregaçou mangas e, junto da mulher, Graça, e do irmão, Manuel, deu vida ao Solar dos Presuntos. O resto, é história, e bem conhecida entre os lisboetas.

Começou por apostar na cozinha minhota mas adaptou-se e ampliou depois a oferta para outros cantos do país. À mesa, é uma verdadeira casa portuguesa, com marisco, açordas, bacalhau e o porco preto alentejano. Quanto a quem cá se vai sentando, os clientes famosos — de David Beckham a Simone de Oliveira — têm lugar de destaque nas fotografias que preenchem as paredes das salas de refeição. Atualmente, escritores, jornalistas, políticos, atores, futebolistas, empresários, arquitetos — gente famosa — vão lá passando mas já não é Evaristo quem os recebe. O fundador do Solar dos Presuntos morreu em dezembro de 2022 e à frente da liderança desta casa ficou o filho, Pedro Cardoso.

O Solar dos Presuntos abriu portas em 1974 na Rua das Portas de Santo Antão, em Lisboa, pelas mãos de Evaristo Cardoso

Curral dos Caprinos

R. 28 de Setembro, 2710-125 Sintra. Aberto todos os dias, exceto terça-feira, das 12h00 às 15h00 e das 19h00 às 22h00.

Conhecido pelo cabrito assado no forno, o Curral dos Caprinos é um nome que já soa por Lisboa e arredores desde agosto de 1974. Caracterizado pelo seu ambiente campestre, graças à serra de Sintra que surge em pano de fundo, este restaurante tradicional português oferece um menu recheado de receitas de família que têm passado de geração em geração. Aqui, o Atlântico e os produtos regionais são respeitados, com sugestões como o cabrito estonado à moda de oleiros, o arroz de tamboril, as espetadas de carne e peixe ou a entrada de cogumelos a fazerem os lisboetas e locais de Sintra a deslocarem-se até este restaurante, outrora antigo curral de ovelhas e cabras.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

O Curral dos Caprinos, em Sintra, destaca-se pelo cabrito assado no forno

La Trattoria

R. Artilharia 1 79, 1250-038 Lisboa. Aberto de segunda-feira a sexta-feira das 12h30 às 15h00 e das 19h30 às 23h00 e sábado e domingo das 19h30 às 00h00 (domingo até às 23h30).

Esta foi coincidência mas daquelas que poucas vezes acontecem. La Trattoria, um dos primeiros italianos na capital, também nasceu há 50 anos, mas, por ironia do destino, partilha precisamente o aniversário com a Revolução dos Cravos. Foi a 25 de abril de 1974 que Alcide Tarella abriu este clássico da cidade, depois de se ter marcado em Madrid como um meeting point da alta sociedade da capital espanhola. Meio século passado, La Trattoria continua nas mãos da mesma família e a manter em Lisboa a tradição da cozinha italiana, servida num ambiente acolhedor e com classe. E, se é tradicional, não falta a foccacia, bruschetta, risotto, pasta, pizza e calzone. Nos doces, há uma tarte de limão desconstruída e, claro, o tiramisú com queijo mascarpone e café.

La Trattoria abriu portas a 25 de abril de 1974

Sandwich Bar

Praça da Liberdade 5, 2825-325 Costa da Caparica. Aberto todos os dias das 11h00 às 02h00.

Foi aos 22 anos que Hugo Pontes, hoje com 72, abriu a primeira e mais antiga hamburgueria de Portugal. O ano era o da Liberdade e o jovem de Algés viu na Praça da Liberdade, na Costa da Caparica, a oportunidade de criar um negócio que provocaria a curiosidade aos portugueses. Assim foi. A 5 de junho de 1974 colocou na chapa o hambúrguer que viria a ser o primeiro que muitos portugueses comeram na vida. Não havia a habitual bifana que quem por ali passava procurava mas sim um clássico que ainda hoje prevalece, com a cebola a nomear-se rainha. O Sandwich Bar rapidamente se destacou na margem sul e marcou toda uma geração dos anos 80 que, nos dias de calor, por ali passavam depois de um mergulho na praia. De palito com azeitona espetado, o menu desta hamburgueria é atualmente composto por 11 sugestões de hambúrgueres que, principalmente no verão, são motivo de grande fila à porta. Entre os destacados estão o 1974, com cebola e molho tártaro, o 1988, com queijo, cebola e molho cocktail, e o 2001, com queijo, bacon, cebola torrada e molho de alho. A acompanhar, uma lata de Coca-Cola, não fosse este ser também o primeiro espaço da Costa da Caparica a vender esta famosa bebida, que chegou dois anos depois da Revolução.

O Sandwich Bar foi a primeira hamburgueria de Portugal e foi também o primeiro espaço na Costa da Caparica a vender Coca-Cola

Cufra

Av. da Boavista 2504, 4100-119 Porto. Aberto de terça-feira a domingo das 12h00 às 15h30 e das 18h00 às 00h00.

Casa de francesinhas e cachorrinhos há 50 anos, o Cufra foi inaugurado a 15 de agosto de 1974 mas só um mês depois, a 14 de setembro, abriu oficialmente ao público. Desde então tem se afirmado como um marco da gastronomia portuense, com um serviço que convida a entrar e uma carta onde o que é típico daquela cidade reina. As francesinhas sabemos que já lá estão bem seguras — umas com camarão — mas há mais sugestões na carta, bem familiares ao português: mariscadas, pregos no pão ou no prato, açordas, hambúrgueres e bifes.

O Cufra abriu portas no Porto a 15 de agosto de 1974

Faz Figura

Rua do Paraíso 15B, 1100-395 Lisboa. Aberto de terça-feira a sábado das 12h30 às 22h30 e domingo das 12h30 às 15h30.

Nasceu em 1974 para ser uma referência gastronómica na capital e, mesmo com a mudança de gerência em 2005, este restaurante nascido em liberdade manteve o reconhecimento entre os lisboetas. O nome ficou — Faz Figura — mas veio carregar um conceito que, nos últimos quase 20 anos, não mudou. Faz Figura Portugal Wine & Food é um restaurante de cozinha tradicional portuguesa onde os produtos são todos nacionais. A vontade de mudar veio do proprietário, Pedro Dias, um antigo jornalista que ainda durante a profissão correu Portugal de lés a lés em reportagem e viu-se fascinado pela gastronomia. Através de uma Rede Nacional de Parceiros, fazem chegar a este restaurante com o Tejo aos pés os produtos tradicionais de todo o país, dando ao cliente a oportunidade de experimentar à mesa o peixe da nossa costa, carnes certificadas, enchidos e queijos exclusivos de Portugal, azeite e a doçaria conventual.

O Faz Figura, em Lisboa, apenas trabalha com produtos nacionais

Andre Areias

Casa Santiago – O Rei do Choco Frito

Av. Luísa Todi 92, 2900-450 Setúbal. Aberto de segunda-feira a sábado das 11h30 às 14h45 e das 18h00 às 21h45.

Se houver quem não o conheça por Casa Santiago certamente que o nome Rei do Choco Frito não causa dúvidas. O reinado neste restaurante de choco frito começou com Virgílio Santiago, em 1974, e manteve-se assim durante cerca de 15 anos. De Tasca Santiago — onde os petiscos reinavam — passou a Casa e o antigo pescador fez deste um dos mais populares restaurantes da zona ribeirinha de Setúbal. Com o filho, Júlio, no trono desde 1987, a Casa Santiago é atualmente um daqueles casos que, face à boa fama e comida, é preciso ir cedo para arranjar mesa. A concorrência é grande mas o nome também e isso vê-se nos cerca de 300 quilos de choco vendidos por dia na época alta. O que se come? Não se pergunta. As tiras de choco frito são protagonistas, com batatas fritas e salada a acompanhar, mas há uma carta que conta ainda com bife de vitela, febras de porco e bitoque.

A Casa Santiago é o Rei do Choco Frito de Setúbal

Assine o Observador a partir de 0,18€/ dia

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Vivemos tempos interessantes e importantes

Se 1% dos nossos leitores assinasse o Observador, conseguiríamos aumentar ainda mais o nosso investimento no escrutínio dos poderes públicos e na capacidade de explicarmos todas as crises – as nacionais e as internacionais. Hoje como nunca é essencial apoiar o jornalismo independente para estar bem informado. Torne-se assinante a partir de 0,18€/ dia.

Ver planos