A primeira parte tinha sido demasiado má para aquilo que a equipa consegue fazer, a reentrada melhorou um bocado, os momentos que antecederam o segundo golo dos leões trouxeram três boas oportunidades quase seguidas com uma bola na trave pelo meio. No entanto, e contas feitas, quando faltava apenas um quarto de hora para o final da partida o Sporting tinha mais golos no dérbi na Luz do que o Benfica tinha remates enquadrados. E esse funciona como um dos melhores espelhos para explicar a derrota.

Manuel pegou na tela em branco e desenhou uma obra de (Ug)arte (a crónica do Benfica-Sporting)

Cinco jogos depois, e naquele que foi o primeiro de vários jogos grandes até ao final do ano, os encarnados voltaram a sofrer três golos (antes tinha sido o 5-2 em Munique com o Bayern), o Benfica averbou a sua quarta derrota da temporada, terceira na Luz depois de Portimonense (1-0) e Bayern (4-0). E a reação dos adeptos após o terceiro golo de Matheus Nunes e no final da partida, perante um 3-1 amenizado com um grande remate de Pizzi nos descontos, foi visível a contestação dos adeptos tendo como principal “alvo” Jorge Jesus. No entanto, o treinador acabou por fintar isso mesmo na flash interview.

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“Quarta-feira já temos um jogo decisivo [frente ao Dínamo Kiev] e queremos muito passar na Liga dos Campeões. Estas horas não vão ser fáceis para todos: adeptos, jogadores, treinador… mas amanhã estamos a treinar e a pensar em vencer o Dínamo. É uma decisão, hoje ficámos a 4 pontos da liderança mas ainda há muitas jornadas para recuperar. Na quarta-feira ou seguimos em frente ou podemos ir à Liga Europa”, destacou a esse propósito, projetando já a última jornada da fase de grupos da Champions.

Em relação ao encontro, Jorge Jesus falou em “duas partes distintas”. “Na primeira fomos uma equipa que não conseguiu criar vantagens ofensivas, os nossos três avançados tiveram pouca bola. Na segunda parte tivemos mais ocasiões, como a do João Mário, a do Rafa, a do Darwin. É a diferença de quem teve oportunidades e não fez. Na primeira o Sporting não nos deixou criar ocasiões, na segunda o Benfica criou três ou quatro mas não conseguiu marcar. O Sporting, bem no contra golpe, finalizou e está aqui a diferença no resultado”, salientou o técnico, explicando também o que tentou mudar ao intervalo.

“Tínhamos que mexer, se estávamos a perder tinha que mexer. Foi o que fui fazendo. Os avançados começaram a ter mais bola e a ser mais perigosos, umas três, quatro ocasiões. Isso foi por causa das mudanças e porque o Sporting passou a tentar controlar mais, estando em vantagem. Voltamos ao mesmo, a diferença é quem faz golos e na segunda parte podíamos ter saído com outro resultado. Mas o Sporting teve o mérito de sempre que saiu fez golo”, frisou Jesus depois da derrota por 3-1.

Antes, André Almeida, defesa e capitão que voltou a começar como central pela direita, assumiu também o jogo falhado dos encarnados. “Não foi uma partida bem conseguida, apesar de que eles fizeram o 1-0 e tivemos duas ou três oportunidades para empatar. Depois do 2-0 as coisas complicaram-se. Mas o Campeonato ainda não acabou e vamos trabalhar para dar a volta à situação. O que se passou é muito duro, custa muito aos adeptos e também a nós, mas vamos trabalhar forte”, comentou na BTV.