A erupção do vulcão Cumbre Vieja, na ilha espanhola de La Palma, terminou ao fim de mais de três meses, foi anunciado este sábado.

“Hoje a comissão científica pode afirmar (…) que a erupção acabou”, anunciou o diretor do Plano de Emergência Vulcânica das Ilhas Canárias (Pevolca), Júlio Pérez, em conferência de imprensa. O responsável assegurou que já “não há lava ou uma emissão significativa de gás”.

O vulcão Cumbre Vieja estava há 10 dias consecutivos sem sinais visíveis de atividade, período definido pelos especialistas científicos para confirmar o fim da erupção.

O presidente do governo espanhol, Pedro Sánchez, reagiu à notícia no Twitter e classificou-a como “a melhor prenda de Natal”. “Todo o meu reconhecimento aos habitantes de Palma. Continuaremos a trabalhar juntos e juntas, todas as instituições, para relançar a maravilhosa ilha de La Palma e reparar os danos efetuados”, escreveu o líder do governo de Espanha.

Ao todo, o vulcão esteve em erupção durante 85 dias e oito horas. A ilha foi abalada por mais de nove mil sismos ligados à atividade vulcânica.

Os especialistas já avisaram que vão ser necessários vários anos para limpar e reconstruir os estragos provocados pela erupção, acrescentando que a área continuará a ser perigosa devido às emissões de gases tóxicos, à temperatura e ao risco de desabamento de terras. “Não gostamos de dizer que já acabou”, explicou o geólogo Stavros Meletlidis, do Instituto Geográgico Nacional, citado pelo El País. “A erupção pode ter terminado, mas o processo vulcânico continuará durante muito tempo.”

De acordo com dados divulgados no final de novembro, a erupção aumentou em 43 hectares a ilha espanhola, com a criação de deltas de lava e fajãs que atingiram as águas do Atlântico. Pelo menos, 2.651 casas foram destruídas pela lava, bem como mais de 70 quilómetros de estada. Mais de sete mil pessoas tiveram de ser retiradas das suas casas, das quais 2.300 foram diretamente afetadas pela erupção.

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