A Volvo anunciou esta semana que iniciará em breve o programa de testes, em vias abertas ao público, do seu sistema de condução autónoma. Por uma questão de legislação, não há muitos locais onde tal tecnologia possa ser testada (na Europa, a Alemanha prepara legislação para breve, pressionada pelos fabricantes locais), tendo o fabricante sueco optado pela Califórnia.

Denominado Ride Pilot, o sistema de condução sueco sem intervenção do condutor será inicialmente testado nas auto-estradas, onde tem de provar às autoridades locais que é seguro, antes de evoluir para outras condições e tipo de trânsito. O Ride Pilot já foi testado na Suécia, em condições controladas e em circuito fechado.

O sistema de condução autónoma da Volvo será instalado na próxima geração do XC90, o SUV topo de gama do construtor em versão 100% eléctrica, que será introduzido no mercado em 2022. Esta não será a primeira vez que a Volvo se envolve em testes de condução autónoma, uma vez que esteve ligada aos ensaios do sistema da Uber, em que foi utilizado um XC90 da versão que ainda está em comercialização.

O responsável pela investigação e desenvolvimento da Volvo, Mats Moberg, manifestou satisfação pelo “início dos testes verdadeiramente sem supervisão do sistema de condução autónoma”. Salientou ainda que “a Volvo conta com a colaboração da Zenseact”, a divisão do construtor especializada em condução autónoma que se formou a partir da Zenuity. Outro dos parceiros do sistema é “a Luminar, que fornece os LiDAR que vão ser instalados como equipamento de série no futuro XC90 eléctrico”, avançou Moberg.

O sistema Ride Pilot recorre a mais de duas dúzias de sensores, incluindo o LiDAR, cinco dispositivos de radar, oito câmaras de vídeo e 16 sensores ultrassónicos. Em conjunto, visam permitir que o condutor possa ler, escrever, trabalhar e socializar enquanto confia a condução ao sistema autónomo de nível 3.

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