O Supremo Tribunal norte-americano bloqueou esta quinta-feira o plano da administração de Joe Biden para aplicar um plano de vacinação obrigatória nas grandes empresas, ou seja, as que tivessem mais de 100 trabalhadores.

Em causa estava uma proposta para que os funcionários dessas empresas só pudessem entrar nas instalações se fossem vacinados contra a Covid-19 ou, em alternativa, se aceitassem ser testados todas as semanas e usassem máscara. De fora ficariam os trabalhadores que não fossem vacinados por questões religiosas ou que não tivessem contacto com colegas de trabalho.

Os juízes do Supremo chumbaram a proposta, com 6 votos contra e 3 a favor. “Embora o Congresso tenha dado à Administração de Saúde e Segurança Ocupacional o poder de regular os perigos nos locais de trabalho, não deu à agência o poder de regular a saúde pública em geral”, pode ler-se na argumentação final dos juízes, citada pela CNN. “Exigir a vacinação de 84 milhões de americanos simplesmente porque trabalham para empresas com mais de 100 funcionários encaixa certamente na segunda categoria.”

O Tribunal, porém, permitiu que seja aplicada uma lei de vacinação obrigatória para funcionários da área da saúde que trabalhem para empresas que recebam dinheiros públicos, nomeadamente através dos seguros de saúde Medicare e Medicaid. Esse plano, explica o New York Times, afetará cerca de 17 milhões de trabalhadores.

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Governo americano vai dar máscaras “de alta qualidade”

No mesmo dia, o Presidente norte-americano anunciou que o governo irá oferecer a todos os norte-americanos “máscaras de alta qualidade”.

“Sei que todos gostávamos que deixássemos de usar máscaras, percebo. Mas é uma ferramenta muito importante para travar o contágio, especialmente da variante Ómicron, altamente contagiante”, disse Joe Biden.

O governo dará mais pormenores em breve sobre como serão distribuídas essas máscaras. Biden explicou que a decisão foi tomada porque para os norte-americanos comprar máscaras “nem sempre é barato o suficiente ou conveniente”.

O Presidente anunciou também que o executivo vai comprar mais 500 milhões de testes à Covid-19 e que vai ser criado um site onde os norte-americanos poderão encomendar testes gratuitos.