A Microsoft comprou a Activision Blizzard, uma das maiores empresas de videojogos do mundo. O negócio foi confirmado pela Xbox, a empresa de jogos da Microsoft, em comunicado, assim como pela empresa-mãe.

Esta compra custou 68,7 mil milhões de dólares (cerca de 59,8 mil milhões de euros) à tecnológica norte-americana, numa transação “all-cash” (toda em dinheiro), valorizando cada ação da Activision Blizzard em 95 dólares. “Quando a transação for concluída, a Microsoft torna-se-á a terceira maior empresa de jogos do mundo em receita, atrás da Tencent e da Sony”, diz a Microsoft, que espera fechar este negócio até ao fim do ano fiscal de 2023.

A Activision Blizzard é a empresa que está por detrás de alguns dos títulos mais conhecidos na indústria dos videojogos como “Overwatch”, “World of Warcraft”, “Call of Duty”, “Diablo” ou “Starcraft”. Desde o verão de 2021 que a empresa tem estado por detrás de várias polémicas devido a casos de assédio moral e assédio sexual. Na segunda-feira, a Activision Blizzard anunciou que tinha despedido mais de 30 funcionários devido a estes casos, como avançou o The Verge.

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No comunicado divulgado, a Microsoft não toca nestas polémicas. De acordo com a gigante tecnológica, Bobby Kotick, que saberia destes casos e não terá agido, como avançou o The Wall Street Journal em novembro, “continuará como presidente executivo da Activision Blizzard, e ele e sua equipa manterão o foco em impulsionar os esforços para fortalecer ainda mais a cultura da empresa e acelerar o crescimento dos negócio”.

A área mobile é o maior segmento de jogos, com quase 95% de todos os jogadores em todo o mundo a desfrutar de jogos nos telemóveis. Através de ótimas equipes e ótima tecnologia, a Microsoft e a Activision Blizzard capacitarão os jogadores a aproveitar as séries de jogos mais imersivas, como “Halo” e “Warcraft”, praticamente em qualquer lugar que desejarem. E com jogos como “Candy Crush”, o negócio mobile da Activision Blizzard representa uma presença e uma oportunidade significativas para a Microsoft neste segmento de rápido crescimento”, diz a Microsoft.

Sobre a aquisição, Bobby Kotick, presidente executivo da Activision Blizzard, disse: “Durante mais de 30 anos as nossas equipas incrivelmente talentosas criaram alguns dos jogos de maior sucesso”. Satya Nadella, presidente executivo do conselho de administração da Microsoft, diz quanto a esta aquisição: “Estamos a investir profundamente em conteúdos globais, comunidade e na nuvem para inaugurar uma nova era de jogos que coloquem os jogadores e criadores em primeiro lugar e tornem os jogos seguros, inclusivos e acessíveis a todos”. Já Phil Spencer, presidente executivo da Microsoft Gaming, afirma: “Os jogadores de todo o lado adoram os jogos da Activision Blizzard, e acreditamos que as equipes criativas têm ainda o seu melhor trabalho a ser feito pela frente”.

A Microsoft não avançou ainda informações quanto ao que este negócio significará para a indústria de videojogos. Sendo a empresa por detrás da Xbox e do sistema operativo Windows, a gigante tecnológica norte-americana poderá tornar exclusivos para os seus dispositivos títulos de séries como “Call of Duty”, que também é vendida para as consolas PlayStation, da Sony, ou “Diablo”, que está também disponível para a Switch, da Nintendo.

Para já, a Microsoft diz apenas que vai oferecer brevemente “o maior número possível de jogos da Activision Blizzard no Xbox Game Pass e no PC Game Pass”, o serviço de subscrição de videojogos da empresa que, d. z a norte-americana, tem mais de 25 milhões de subscritores.