O futebol feminino abriu uma nova era em termos nacionais no ano de 2016, quando a Federação decidiu convidar todos os clubes da Primeira Liga masculina a formar equipas com algumas regras extra como o facto de terem por exemplo de criar formações Sub-19. Logo nessa primeira época, o Sp. Braga foi um dos conjuntos que decidiu abraçar o desafio. Para formar, para ganhar. No entanto, esse sucesso acabou por não ser instantâneo, longe disso, com a equipa a andar muitas vezes nas principais decisões sem chegar depois aos títulos. Em 2018, com a Supertaça, esse ciclo começou a mudar. Agora, fez o pleno.

Benfica vence Sp. Braga e conquista primeira Taça da Liga de futebol feminino num jogo onde o VAR foi (bom) protagonista

Depois de ter perdido com o Sporting a final da Supertaça de 2017 após prolongamento, as minhotas foram de novo à decisão do ano seguinte e conseguiram vingar esse desaire, ganhando às leoas no desempate por grandes penalidades. Nessa mesma época de 2018/19, e depois de ter ficado duas vezes no segundo lugar do Campeonato, as arsenalistas conseguiram também pela primeira vez sagrar-se campeãs. E em 2019/20, numa final que se disputou apenas em janeiro de 2021 devido à pandemia, chegou também a primeira Taça de Portugal e frente ao Benfica, equipa que tinha sido “carrasco” nas meias-finais da edição anterior com um triunfo a duas mãos quando estava ainda no segundo escalão (com equipa de primeira).

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Faltava apenas a Taça da Liga, depois da derrota na última temporada com o Benfica seis dias antes dessa primeira conquista da Taça de Portugal. E o troféu que faltava conquistar chegou na noite desta quarta-feira em Santa Maria da Feira, fechando o ciclo de todas as provas nacionais em três anos e meio.

E tudo Jermaine mudou: Sp. Braga “vinga-se” do Benfica e conquista Taça de Portugal feminina

Num encontro que contou com a presença dos dois presidentes, Rui Costa e António Salvador, que viram o jogo ao lado de Fernando Gomes, presidente da Federação, os 120 minutos não desfizeram o nulo entre várias oportunidades, bolas salvas em cima da linha e até uma no poste, com as minhotas a ganharem nas grandes penalidades por 3-2 com o último castigo máximo de Cloé Lacasse a bater na trave.

“Não tenho palavras para descrever o orgulho e a satisfação por esta conquista. Era o troféu que nos faltava. Fizemos hoje grande exibição contra uma grande equipa. As jogadoras foram fantásticas. O sofrimento e o querer, a entreajuda dentro do campo, levou-nos a conquistar esta taça. O mérito é das jogadoras, treinador e staff. Uma palavra aos nossos adeptos, que hoje deram um grande apoio às jogadoras. Quando a força faltou veio da bancada. O João Marques voltou, precisávamos de uma nova viragem e aqui está. Felizmente ainda temos a Taça de Portugal, acredito que vamos fazer a dobradinha nas taças”, comentou após o triunfo António Salvador, presidente do Sp. Braga, ao canal 11.