No Outono do próximo ano, os concessionários Mitsubishi acolherão mais um elemento: o novo Colt, utilitário que vai representar a marca nipónica no Velho Continente, pondo fim a quase uma década em que a Mitsubishi não marcou presença num dos principais segmentos de mercado europeu.

Esta terça-feira, o construtor nipónico anunciou que se prepara para lançar uma nova geração do Colt em 2023, tirando partido da plataforma CMF-B da Aliança Renault-Nissan-Mitsubishi. Será com base na mesma arquitectura dos Renault Clio, Nissan Micra e Dacia Sandero, por exemplo, que a Mitsubishi vai recuperar a designação Colt, que originalmente foi estreada há 60 anos. A última geração do utilitário japonês foi descontinuada em 2014, contabilizando 403.957 unidades vendidas desde 2004 até então.

Com a adição deste novo elemento, a gama europeia da Mitsubishi ficará mais “composta”, permitindo assim ao construtor japonês competir nos principais segmentos de mercado. Foi precisamente isso que o presidente e CEO da Mitsubishi Motors Europe, Frank Krol, realçou. “A introdução do novo Colt hatchback e do novo ASX, que irão juntar-se ao Space Star e ao Eclipse Cross PHEV irão reforçar significativamente a nossa oferta a partir de 2023”, disse, acrescentando que “em breve” começará a ser escrito “um novo capítulo na história do Colt e da Mitsubishi Motors na Europa”. O regresso do Colt e esta última afirmação não deixam de reforçar a ideia de que o construtor japonês repensou a sua estratégia e voltou atrás. Basta lembrar que, não há muito tempo (2020), a Mitsubishi anunciou a sua retirada da Europa

O futuro Colt vai ser produzido na fábrica da Renault em Bursa, na Turquia, com a marca a prometer desde já “um pacote completo de equipamento, incluindo a tecnologia mais recente e uma gama alargada de motorizações”. O teaser revelado coloca em evidência a grelha frontal Dynamic Shield e o emblema Hybrid EV na lateral dianteira do novo Colt, pelo que é provável que a versão híbrida seja herdada do Clio E-Tech. O utilitário francês recorre a um motor 1.6 a gasolina de ciclo Atkinson, com 91 cv e 144 Nm de binário, e a dois motores eléctricos, ambos dentro da caixa de velocidades. O principal debita 49 cv e 205 Nm, dando o seu contributo para uma potência combinada de 140 cv. A segunda unidade eléctrica funciona como HSG (High-Voltage Starter Generator), tendo por missão modular as mudanças eléctricas e recarregar a bateria. O pequeno acumulador, com 0.85 kWh úteis, garante a capacidade de percorrer 5 km em modo eléctrico.

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