Um dos mais importantes navios de guerra russos, ancorado no Mar Negro, ficou esta quarta-feira “gravemente danificado” na sequência de explosões a bordo, confirmaram as autoridades militares russas e ucranianas, embora com relatos diferentes sobre o sucedido.

Do lado ucraniano, o chefe da administração militar regional de Odesa, Maksym Marchenko, disse no Telegram que as forças ucranianas tinham atingido com mísseis Neptuno o cruzador Moskva, causando “danos graves”.

A partir de Moscovo, porém, o Kremlin não confirma a causa das explosões. De acordo com a agência de notícias estatal russa Tass, o Ministério da Defesa russo confirmou que, “em resultado de um incêndio, munições detonaram no cruzador Moskva”, pelo que “o navio ficou gravemente danificado”.

“A tripulação foi completamente retirada”, disse ainda o ministério. As agências russas não mencionaram a localização do Moskva quando a explosão aconteceu, nem qualquer possível ataque da Ucrânia.

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“Não entendemos o que aconteceu”, disse, de forma sarcástica, um conselheiro do Presidente ucraniano. “Chegou uma surpresa ao navio-almirante da frota russa no mar Negro”, disse Oleksiï Arestovitch, num vídeo publicada na plataforma YouTube.

O Moskva “está a arder intensamente e, com este mar agitado, é impossível saber quando eles poderão receber ajuda”, disse Arestovitch, assegurando que “510 tripulantes” estavam a bordo.

O cruzador participou, nos primeiros dias da invasão, num ataque contra a ilha das Serpentes, localizada no mar Negro, perto da fronteira romena, durante o qual 19 marinheiros ucranianos foram capturados. Os marinheiros foram posteriormente trocados por prisioneiros russos.

Algumas fotos do navio foram partilhadas na rede social Twitter por Rob Lee, especialista em assuntos de defesa do Foreign Policy Research Institute.